Senai-Ceará cria respirador pulmonar para tratar coronavírus em hospital público

Amanhã, sexta-feira, 27, o equipamento será apresentado a um comitê técnico-científico formado por representantes da UFC, da Secretaria de Saúde do Estado e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Senai-Ceará cria ventilador pulmonar que será doado a hospitais públicos

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Técnicos do Instituto de Tecnologia do Senai-Ceará, localizado em Maracanaú, criaram, desenvolveram e colocaram em operação nesta quinta-feira,26, em apenas quatro horas, o protótipo de um ventilador pulmonar, que poderá ganhar produção em escala nos próximos dias.

Para isso, será necessária a parceria da Universidade Federal do Ceará, da Secretaria de Saúde do Estado e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – segundo disse a esta coluna o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante.

Essas três instituições estão indicando representantes ue formarão um comitê técnico-científico para o qual o equipamento será apresentado amanhã, sexta-feira,à tarde, por meio de vídeo-conferência.

O comitê dará consultoria a todas as etapas do processo industrial do invento.

Aparentemente simples, o ventilador pulmonar do Sebrae-Ceará é composto de uma válvula reguladora de pressão, um reservatório de oxigênio, uma válvula de controle direcional, o pulmão e mais duas válvulas auxiliares de controle do ar e do escape para a atmosfera.

Ele foi apresentado hoje ao presidente da FIec, que o aprovou.

A ideia da Fiec e do Senai-Ceará é produzir um determinado número desses ventiladores pulmonares que serão doados à rede pública de hospitais do Ceará para o tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus.  

O equipamento permite que o pulmão inspire e respire o ar para a atmosfera, como explicou à coluna o diretor-geral do Senai-Ceará, engenheiro Paulo André Holanda.  

Ele adiantou que, por sugestão do presidente da Fiec, o protótipo do respirador pulmonar ganhará sensores de pressão, temperatura e vazamentos.

Também suas válvulas, que são do tipo industrial, serão substituídas por válvulas assépticas.

Essas peças serão também feitas pelos técnicos do Instituto de Tecnologia do Sebrae-Ceará.

Dois desses técnicos já trabalharam no setor de manutenção de grandes hospitais do Ceará.