Projeto de cultivo de algodão em Limoeiro do Norte começa a ser implantado

Com apoio técnico e científico da Embrapa, o projeto envolverá 20 mil hectares, onde tratores já operam aplainando a área. A Agrícola Famosa, que produz melão, anuncia que plantará algodão em sua fazenda em Icapuí.

Ao mesmo tempo em que a secretaria Executiva do Agronegócio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado trabalha para ampliar e consolidar seu Programa de Modernização da Cultura do Algodão, voltado para os pequenos produtores e focado em áreas de sequeiro, duas grandes empresas, uma das quais ainda mantida na confidencialidade a seu pedido, já deram partida ao seu projeto de cotonicultura.

A Agrícola Famosa – líder da fruticultura brasileira do melão, sendo a maior produtora e exportadora do País - aguarda só o fim das chuvas para começar a cultivar algodão em 150 dos quase 8 mil hectares de sua fazenda em Icapuí, no Leste do Ceará, bem na divisa com o Rio Grande do Norte. 

A outra empresa tem objetivos mais ousados: plantará algodão em uma área de até 20 mil hectares na Chapada do Apodi, onde tratores já trabalham, aplainando o terreno. 

Os dois projetos utilizarão a irrigação, usando água do subsolo, que, no Apodi, é beneficiado pelo aquífero do Açu, um oceano subterrâneo de água doce.

Fábio Aquino, pesquisador da Embrapa Algodão, que presta consultoria às duas empresas, revela: a semente a ser utilizada em Icapuí e no Apodi é a BRS 433 – primeiro cultivar de algodão com biotecnologia inserida. 

Ela produz uma fibra longa, que, sob o sol cearense, reduz o custo por hectare de R$ 9 mil - no Sul, no Centro Oeste e na baiana Luiz Eduardo Magalhães - para R$ 6 mil aqui.

E com uma boa diferença: com no máximo cinco aplicações de fungicida – nas grandes regiões produtoras são até 20 aplicações.

“Temos solo, sol e gente, e esta é a nossa grande vantagem comparativa”, afirma Aquino, sem esconder seu entusiasmo. 

Por sua vez, José Wilson Ferreira, técnico em algodão, considerado a pessoa que mais entende de cotonicultura no Ceará, dobra a aposta.

Ele confirma o custo mais baixo de produzir algodão no Ceará e garante que no Apodi bastarão duas aplicações de fungicida, ao contrário dos algodoais de Luiz Eduardo Magalhães que requerem até nove aplicações.

 Agora, outra boa e grande novidade:

Ontem, o empresário Cristiano Maia – maior criador de camarão do país, sendo dono também de empresa construtora de estradas – a Samaria – e de uma grande fábrica de rações para animais - a Samaria Rações e Nutrição, com sede no Distrito Industrial III de Maracanaú - e de várias fazendas na região jaguaribana, onde cria bois, cavalos, cabras e carneiros, disse a esta coluna que, se o projeto algodoeiro da Agrícola Famosa der certo, ele investirá na cotonicultura a partir do próximo ano.  

Euvaldo Bringel, que coordenada o Programa de Modernização da Cultura do Algdoão, não tem dúvida: "O Ceará voltará a  ser grande protagonista da cotonicultura do Nordeste. Além de solo e sol, temos algo muito especial, o cearense e sua extraordinária capacidade de trabalho e seu incrível poder criativo".

SHOPPING 

Na geografia de Pacajus, mas a curta distância de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, está nascendo o Viramar Shopping, empreendimento do empresário Sabino Morais.

Ele mesmo informa que seu quase concluído centro de compras terá lojas da Óticas Boris, Infolik, Burger King, Loucos por Coxinhas,  Bebelu, Delícia de Salgados, Maria Pitanga, Pra Lá de Bom, Mundo Show Kids, Grupo Cine e Instituto de Educação Portal (Iep).

É pouco?

Tem mais: a Caixa Econômica Federal e o Detran também estarão no Viramar. 

A inauguração será neste semestre.

ENERGIA SOLAR

Mapeamento exclusivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) revela:

Os investimentos em geração distribuída solar fotovoltaica nas propriedades rurais já passam de R$ 1,2 bilhão no País.

Os produtores rurais representam atualmente 8,7% da potência instalada na geração distribuída a partir do sol.

No acumulado, a geração distribuída solar fotovoltaica tem 2,3 gigawatts (GW) de potência instalada, incluindo residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos.

Com um total de aproximadamente 200 mil sistemas em operação, a fonte solar fotovoltaica corresponde a 99,8% das conexões da modalidade no País, sendo a líder do segmento.