Portos+Brasil: Mucuripe é 1º na movimentação de carga

A Companhia Docas do Ceará, administradora do Porto de Fortaleza, ficou em 2º lugar na Variação de Margem Ebtida. Leia mais: 1) Crise energética: a crônica anunciada; 2) Hoje, a Festa da Fiec; 3) Alyne Cosméticos abre mais empregos

Festa na Companhia Docas do Ceará (CDC), administradora do Porto do Mucuripe, que foi destaque na entrega do Prêmio Portos+Brasil, realizada ontem à noite em Brasília com a presença do ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, e de representantes do setor portuário.

O Porto do Mucuripe, em Fortaleza, foi premiado em duas categorias: Primeiro Lugar em Movimentação de Cargas e Segundo Lugar na Variação de Margem Ebitda.

A presidente da CDC, Mayhara Chaves, presente ao evento, realizado no Clube Naval de Brasília, recebeu os dois prêmios.

O Porto do Mucuripe tem passado, nos últimos anos, por mudanças na sua gestão que melhoraram seu desempenho e otimizaram sua produtividade. 

Além disso, muito recentemente, transferiu para a iniciativa privada, por concessão em leilão público na Bolsa B3, o seu Terminal de Grãos, cuja capacidade de armazenamento será dobrada nos próximos 10 anos.

A CDC fechará este ano com uma movimentação de 1,2 milhão de toneladas de trigo, o que o manterá o Porto do Mucuripe na liderança dos portos nacionais na descarga desse cereal, importado majoritariamente da Argentina, EUA e Canadá.

A empresa Terminais de Grãos de Fortaleza (Tergran), que ganhou o leilão de privatização dos dois terminais de grãos do Mucuripe, é uma associação dos três moinhos de trigo que operam no Porto de Fortaleza: M. Dias Branco (opera desde dezembro de 1992), Grande Moinho Cearense (desde 1959) e J. Macedo (desde 1939).

Na festa do Portos+Brasil, na categoria de Gestão das Autoridades Portuárias, o Primeiro Lugar coube à Portos do Paraná.

No Segundo Lugar, empatadas, ficaram a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) e a Santos Port Authority.

Em Terceiro Lugar, também empatados, o Porto de Suape (PE) e o Porto de Imituba (SC).

CRISE ENERGÉTICA, A CRÔNICA ANUNCIADA

Agrava-se a crise hídrica no Sul, Sudeste e Centro Oeste, tornando gravíssima a crise energética que castiga o país, um pouco minimizada pelo Nordeste, que está exportando para aquelas regiões boa parte da energia hidráulica, eólica e solar que produz.

O próprio ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, em nome do governo, reconheceu esse agravamento e, por meio de uma rede de rádio e tevê, fez um apelo ao consumidor para que reduza o consumo de energia para evitar um racionamento ou mesmo um apagão.

É uma crise anunciada, pois faz tempo que todos sabemos, inclusive o MME, que faltam linhas de transmissão, faltam leilões de energias renováveis e, também, hidrelétricas a fio d’água (pequenos reservatórios que apenas alargam o rio barrado e que são construídos em regiões tropicais, onde há certa regularidade no regime de chuva).

As linhas de transmissão são uma carência que vem desde o tempo do governo FHC, quando, em 2001, houve um apagão. O MME, que naquela época já atrasara os leilões, seguiu replicando o mesmo pecado, razão por que o Brasil está, outra vez, às portas de um racionamento, primeiro, e de um apagão, depois, se as chuvas não retornarem.

Pressionados pelo lobby das hidrelétricas, os governos Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro não deram muita importância à energia renovável, que só nos últimos cinco anos teve grandes investimentos, principalmente em projetos de geração eólica (a geração solar só agora entrou no radar do MME).

A matriz energética brasileira é assim distribuída: 58,8%, ou 103 GW) são de geração hidráulica; 10,1% (17,7 GW) de geração eólica, feita pela força dos ventos; 8,7% de biomassa (15,2 GW); 3,6% (6,2 GW) de PCH e CGH); 1,9% (3,29 GW) de solar fotovoltaica; 5,1% (9 GW) de petróleo; 2% (3,5 GW) de carvão mineral poluente; e 1,1% (1,99 GW) de energia nuclear.

Resumindo: a matriz energética brasileira é praticamente limpa, do ponto de vista ambiental, mas, por enquanto, altamente dependente do regime de chuvas. Havia 91 anos, o país não registrava uma crise energética tão grave.

E, pelo visto, a crise tende a agravar-se: no último mês de julho, o consumo de energia no Brasil registrou alta de 5,7% em comparação com julho do ano passado. A indústria, puxada pela de metalurgia, e o comércio puxaram essa alta: o consumo nos dois setores cresceram 9,8%.

MEDALHA DO MÉRITO INDSTRIAL

Segundo evento que faz com presença de público, a festa de entrega da Medalha do Mérito Industrial que a Fiec promoverá hoje, às 18 horas, no La Maison Dunas, reunirá 200 pessoas, a maioria empresários da indústria e da agroindústria, que verão o presidente da entidade, Ricardo Cavalcante, entregar a comenda a Luís Prata Girão, fundador do Grupo Betânia Lácteos, e Ivan Bezerra Filho, sócio e CEO da Têxtil Bezerra de Menezes.

Em tempos normais, ou seja, sem pandemia, essa festa costuma reunir até 1.300 convidados.

ALYNE COSMÉTICOS OFERECE EMPREGOS

Alô, jovens! A Alyne Cosméticos, empresa industrial genuinamente cearense, abriu mais de 20 oportunidades de emprego em diferentes áreas.
 
As vagas são para estagiário de laboratório (1 vaga), estagiário de engenharia (1 vaga), auxiliar de produção (9 vagas), técnico em TI (1 vaga), analista de RH (2 vagas), analista de comunicação (1 vaga), analista de contabilidade (1 vaga), inspetor de qualidade (1 vaga), supervisor de execução (1 vaga – para a unidade de São Luís – MA), promotor de vendas (1 vaga – para a unidade de Sobral) e entregador (2 vagas).

Os interessados devem enviar o currículo para o e-mail vagasgrupoalyne@outlook.com.
 
Neste ano, a Alyne Cosméticoscompleta 35 anos de atuação, com um portfólio de clientes que abrange todo o Norte e o Nordeste e em franco crescimento, gerando, atualmente, cerca de 500 empregos diretos e indiretos.

RECERTIFICADA A QUALIDADE DA CSP 

Festa na Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP)! Sua usina foi aprovada em auditoria para receber a Recertificação Naval e PED AD2000 (Vasos de Pressão). 

Essas recertificações, obtidas no recente mês de agosto, mantêm a CSP credenciada para fornecer placas de aço ao exigente mercado de construção naval da Itália e para a fabricação de vasos de pressão no mercado europeu.

A auditoria foi realizada pela certificadora RINA (Certificação Naval para o Mercado Italiano) e resultou na recomendação, qualificando, novamente, as placas de aços e o processo produtivo da CSP. 

A CSP é a primeira e única siderúrgica do Brasil, até o momento, a produzir placas de aço de 300 milímetros, que são transformadas em chapas grossas para uso estrutural, principalmente na indústria naval. 

Em 2020, a CSP desenvolveu 30 aços de alta tecnologia (HTS), chegando a 117 no total. Hoje, a empresa comercializa mais de 300 aços ao carbono. 

EDP FARÁ USINA PILOTO DE H2V NO PECÉM

Na presença do governador Camilo Santana, o CEO da EDP Brasil, João Marques da Cruz, anunciou ontem, durante audiência no Palácio da Abolição, que sua empresa investirá R$ 42 milhões na construção de uma usina piloto de Hidrogênio Verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. 

A usina, que terá potência de 3 MW, operará no fim do próximo ano de 2022. 

O projeto tem um objetivo: transformar a Usina Termelétrica da EDP no Pecém – que gera energia usando o poluente carvão mineral como combustível –em uma planta industrial produtora de Hidrogênio Verde – o H2V. 

O secretário do Desenvolvimento Econômico do Ceará, Maia Júnior, disse a esta coluna que a EDP deverá procurar a Universidade Federal do Ceará (UFC) para ter o apoio dos seus cientistas na elaboração do projeto piloto de H2V no Pecém. 
“Será um bom aprendizado para todos”, salientou o secretário Maia Júnior. 

A ideia dos dirigentes da EDP Brasil – empresa controlada por capitais portugueses – é executar um processo paulatino de mitigação da Usina Pecém 1 (a carvão), que, ao longo dos próximos anos, se transformará numa unidade produtora exclusiva de Hidrogênio Verde, para o que utilizará a água bruta fornecida hoje pela Cogerh.

Além disso, a EDP instalará, ao lado de sua UTE do Pecém, um parque de geração de energia solar fotovoltaica, com potência de 3 MW, suficiente para dar partida à execução do projeto de construção da usina piloto de H2V.

Além do CEO da EDP, estiveram presentes à audiência com o governador Camilo Santana o seu diretor de Relações Institucionais, Nuno José, e o seu vice-presidente de Operações, Luís Otávio Assis Henrique.