Para Mansueto Almeida, crescimento econômico só com reformas

Já começou a transição na Secretaria do Tesouro Nacional, de onde sairá, no dia 31 de julho, o economista cearense Mansueto Almeida. 

Nesta semana, ele e seu sucessor, economista Bruno Funchal, reunir-se-ão mais uma vez, “o que mostra a tranquilidade com que tudo se desenrola”, como explicou o próprio Mansueto. 

Ontem – durante o Painel Finanças do Seminário de Gestores Públicos Prefeitos 2020, moderado por este colunista – ele transmitiu uma boa notícia: 

Apesar do déficit de R$ 800 bilhões no Orçamento Geral da União, o governo tem vendido, sem problemas, os seus títulos aos investidores, o que demonstra a confiança do mercado na condução das contas públicas nacionais. 

Mansueto confirmou que, neste ano, a prioridade do gasto concentra-se na saúde, por causa da pandemia do coronavírus. 

“Não há mágica. Neste ano, o governo tem de gastar mais”, ele disse. 

E prognosticou: no ano que virá, o quadro da economia iniciará um período de melhora. 

Mas o ideal – Mansueto acentuou – só será alcançado quando o Congresso Nacional aprovar as reformas, citando a Tributária como a principal delas. 

Do seu ponto de vista, há um clima a favor das reformas nas duas casas legislativas. 

Porém, ele entende que aprovação mesmo da Reforma Tributária só no próximo ano.

TRANSPARÊNCIA 

Edilberto Pontes, vice-presidente do Tribunal de Contas do Ceará (TCE), que há um ano passou a ser também a corte de contas dos municípios, fez questão de mandar um recado aos 184 prefeitos cearenses: 

“O TCE exige transparência”. 

Ele falou no Painel Finanças do Seminário Gestores Públicos Prefeitos 2020, promovido pelo Sistema Verdes Mares. 

O recado de Edilberto Pontes teve endereço certo: os gestores que, em vez de transparência, preferem segredar as contas, principalmente as relativas às licitações. 

O TCE e o MPE avisam a quem interessar possa: estão aparelhados para combater a endemia da ilicitude.
 
FORÇA DO AGRO

Saiu o Plano Estratégico 2020-2027 do Ministério da Agricultura. 

Logo na apresentação, o Brasil apresenta sua força com s seguintes informações: 

É o primeiro do mundo na exportação de soja em grão, café, açúcar, suco de laranja e carne de frango; 

É o segundo de carne bovina, milho, óleo e farelo de soja; 

É o terceiro exportador de algodão;

E é o quarto exportador de de carne suína. 

Em 2019, o agro brasileiro respondeu por 21,4% do PIB nacional, por 50% das exportações do País e por 30% do total de empregos no Brasil.

CASTANHA
 
Segundo previsões do Levantamento Sistemático da Produção, feito pelo IBGE, a safra de castanha de caju deste 2020 poderá chegar às 150 mil toneladas, levando em conta as boas chuvas. 

Produtores experientes, porém, admitem que – “dependendo do vento de junho, julho e agosto” – a safra ser reduzida, ficando entre 130 mil e 140 mil toneladas de amêndoas.

TECNOLOGIA

Diante o vertiginoso crescimento da demanda pelos meios digitais, a operadora Oi está a implementar seus novos serviços e produtos para o mundo corporativo. 

São eles Oi Smart Office, Oi Serviços Profissionais, Oi Informática e Oi Cloud Communication. A empresa está ampliando sua área de atuação no Ceará.

SANEAMENTO

Hoje, o Senado Federal deverá aprovar a proposta do Novo Marco Regulatório do Saneamento.

Segundo o relator do projeto, senador Tasso Jereissati, o Parlamento dará ao Brasil a chance e os meios de limpar a mancha social que condena hoje 100 milhões de pessoas a viverem em condições degradantes, sem oferta de água tratada e de rede de esgotamento sanitário.

Para a universalização desse serviço, serão necessários investimentos de R$ 500 bilhões em 10 anos, dinheiro que as empresas estaduais e municipais de saneamento, como a cearense Cagece, não têm. 

Tasso Jereissati disse ontem que a iniciativa privada está pronta para investir no setor.

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