Foi publicado ontem à noite o balanço financeiro do primeiro trimestre deste ano da Petrobras, maior empresa estatal brasileira. Seu Lucro Líquido foi de R$ 23,7 bilhões, bem menos do que a previsão do mercado, que estimava um lucro de 30,1 bilhões.
No relatório que acompanha o balanço, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a direção da Petrobras diz que a redução do seu Lucro Líquido se deveu aos menores volumes de venda e à redução do preço internacional do petróleo e da margem do óleo diesel.
Apesar do lucro menor, a Petrobras anunciou que distribuirá R$ 13,4 bilhões em dividendos.
O Ebitda – que é o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi de R$ 60,044 bilhões, queda de 17,2% no ano e de 10,2% no trimestre. O mercado previa um Ebitda de R$ 67,9 bilhões.
A dívida líquida da Petrobras fechou o primeiro trimestre na casa de US$ 43,646 bilhões, o que significa um crescimento de 16,1% em relação à dívida do mesmo primeiro trimestre de 2023.
A Bolsa de Valores brasileira B3 fechou o pregão de ontem em alta de 0,44%, aos 128.154 pontos. O dólar, por sua vez, encerrou, o dia com uma leve queda de 0,13%, cotado a R$ 5,15.
O dia foi marcado por expectativas. A primeira delas foi quanto ao balanço financeiro da Petrobras, que seria divulgado, como realmente o foi, após o encerramento das operações.
A segunda expectativa foi quanto à ata da última reunião do Copom que, na quarta-feira passada, reduziu a taxa de juros Selic em 0,25 ponto percentual. A ata será divulgada hoje.
Os economistas e os operadores do mercado aguardam que a ata venha com alguma indicação sobre o tamanho dos futuros cortes da Selic.
Ontem, as ações da Petrobras subiram 0,10%, as da Vale cresceram 0,59% e as dos bancos tiveram alta de 0,45% para o Bradesco, 1,23% para o Itaú, 0,76% para o Banco do Brasil.