Em primeira mão! Na próxima semana, o empresário Ivens Dias Branco Júnior, sócio e CEO de M. Dias Branco, e seu vice-presidente de Investimentos e Controladoria ou CFO (Chief Financial Officer), Gustavo Theodósio, viajarão para a Ásia, onde cumprirão um roteiro de reuniões com grandes investidores daquele continente.
A viagem é organizada pelo Bradesco, que tem expertise na área do mercado financeiro mundial. Neste momento, há no mundo uma liquidez trilionária (em dólares) em busca de projetos viáveis nos diferentes setores da atividade econômica.
Os economistas entendem que os donos dessa montanha de dinheiro olham o globo terrestre, giram-no, e logo descobrem que antigos portos seguros para investimentos – como a Rússia e a Índia – deixaram de sê-lo. O Brasil é uma das muito poucas, boas e crescentes novidades.
Os russos estão envolvidos em uma guerra sem fim contra a Ucrânia, um conflito deflagrado com o claro objetivo de cacifar o projeto de mais uma reeleição de Vladimir Putin. Enchendo de medo a população do país com o discurso de que as forças da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) querem invadir o país, Putin reelegeu-se com facilidade (a oposição foi presa ou assassinada e participou de brincadeira de um pleito previamente arrumado).
Na Índia, o problema também é político, além de econômico e social. O país governado pelo primeiro-ministro Narendra Modi é o mais populoso do mundo, com mais de 1,4 bilhão de habitantes, um pouco maior do que a população da China. Lá, a pobreza cresce e as disparidades sociais, também, para o que colabora o regime de castas em que o país é dividido. Diante das dificuldades da política, da complexidade da economia e do complicado cenário social – a pobreza segue aumentando – grandes investimentos estrangeiros, que um dia tiveram a Índia como destino, mudaram de direção.
Grande parte do dinheiro que sobra hoje no mundo está guardado na Ásia. E é para lá que Ivens Dias Branco Júnior e Gustavo Theodósio viajarão no próximo dia 8 de abril e de lá retornarão no dia 16. Eles terão reuniões em Cingapura, Hong Kong e Tóquio. Em cada uma das cidades, terão três dias de contatos com os investidores.
“Teremos encontros de negócios com 20 investidores asiáticos, inclusive chineses, selecionados pelo Bradesco. A eles, apresentaremos a M. Dias Branco e sua participação no mercado latino-americano da indústria de moagem de trigo e na de fabricação de massas e biscoitos, detalhando sua participação no mercado nacional e estrangeiro, incluindo ainda nossos planos estratégicos, dos quais faz parte o aumento das nossas exportações”, explicou Theodósio à coluna.
Ivens e Theodósio demonstraram bastante otimismo na conversa que, mesmo restrita por motivos óbvios, mantiveram ontem com esta coluna.
Os dois veem o Brasil como um novo e muito viável destino para os investimentos asiáticos, e a área de atuação de M. Dias Branco é extremamente promissora tendo em vista o próprio mercado interno brasileiro, com 212 milhões de consumidores, e, ainda, o acelerado crescimento da triticultura nacional, que caminha velozmente para tornar-se autossuficiente nos próximos cinco, “ou menos”, como faz questão de dizer Ivens Júnior.
Traduzindo: em pouco tempo, o Brasil deixará de importar trigo, podendo tornar-se exportador. Será a competência do agro brasileiro, mais uma vez, assumindo seu protagonismo.
“Aliás, a performance do agronegócio brasileiro – que é líder ou um dos três maiores produtores e exportadores mundiais de soja, carnes, algodão e milho – facilitou o trabalho do Bradesco BBI na organização de nossa viagem. Posso dizer que o Brasil surge como uma das muito poucas, boas e crescentes novidades interessantes para os investidores asiáticos”, disse o CFO de M. Dias Branco.
Gustavo Theodósio confessa que viajará para a Ásia com um sentimento otimista que poucas sentiu em sua já longa carreira de executivo financeiro. Ele tem 47 anos de idade, mas sua fisionomia é de um menino de 30 anos.
Veja também