Indústria do Ceará quer mostrar sua cara para o povo

O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, planeja promover, anualmente, a partir de 2025, uma grande exposição para mostrar o que a indústria, o industrial e o industriário cearenses produzem com tecnologia e inovação

Legenda: A Fiec deseja exibir ao público tudo o que a indústria cearense produz nos diferentes setores dessa atividade econômica
Foto: Kid Júnior / SVM

Que tamanho tem a indústria cearense? O que ela produz? Para onde vai essa produção? Quem a consome? Quantos empregos ela gera? Quem são os grandes do setor industrial do estado? Em que áreas as empresas daqui são líderes nacionais? Qual a participação da indústria no PIB estadual? 

Para responder a estas e a outras perguntas – e para, principalmente, mostrar a verdadeira face da indústria, do industrial e do industriário do Ceará, a Federação das Indústrias (Fiec) e seus organismos vinculados – Sesi, Senai, IEL, CIN – estudam a realização de uma grande exposição anual, aberta ao público, para exibir e popularizar os diferentes ramos dessa gigante e importante atividade econômica empregadora intensiva de mão de obra, geradora de riqueza, absorvedora da mais alta tecnologia e fonte permanente de inovação.

A ideia do presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, é ter o Centro de Eventos como local do que poderá chamar-se Expo Indústria do Ceará – o nome ainda não foi escolhido. Sê-lo-á por especialistas do marketing moderno e na época oportuna. Essa oportunidade para a realização do evento também será ainda determinada, mas sua primeira edição acontecerá ao longo do próximo ano.

Com certeza, a Expo Indústria do Ceará ganhará com facilidade dimensão nacional. Se aqui estão endereçadas algumas das maiores empresas industriais do país, com certeza seus parceiros fornecedores – nacionais e estrangeiros – farão questão de participar do evento com estandes que, naturalmente, serão vizinhos na área da feira.

Ricardo Cavalcante é discreto na preparação dos eventos da Fiec, que, quando acontecem, mostram a sua grandiosidade e a sua perfeita organização, é só ver o que se passa com o Fiec Summit Hidrogênio Verde, que neste ano de 2024, em sua terceira versão, se realizará novamente no Centro de Eventos do Ceará, no próximo mês de agosto, com a presença de empresas, empresários, executivos, pesquisadores e especialistas do Brasil e do exterior.

A Expo Indústria do Ceará, por enquanto, passeia na mente do presidente e de alguns diretores da Fiec, mas logo deixará de ser uma ideia para tornar-se um projeto ao qual aderirão, com 100% de certeza, as pequenas, médias e grandes indústrias cearenses – as de Fortaleza e as do interior do estado – que atrairão outras do mesmo porte, as fornecedoras, localizadas nas várias regiões do país e, também, no exterior. 

Só para citar algumas indústrias instaladas no Ceará que estarão nessa exposição, esta coluna lista as seguintes: Grupo Edson Queiroz, Grupo M. Dias Branco, Grupo J. Macedo, ArcelorMittal, Diageo, Vestas, Aerys, Ambev, Coca-Cola, Grendene, Aço Cearense, Arezzo, Santana Textiles, Têxtil União, Vicunha, Casa dos Ventos, Fortescue, Cimento Apodi, Votorantim, Minalba Brasil, Bombas King, Termaco, Brandão & Filhos, Ceará Máquinas Agrícolas (Cemag), Durametal, Rigesa, Grupo Marquise, Grupo Samaria, Grupo Bomar, Tijuca Alimentos, Indumetal, Construtora Dias de Sousa, Construtora J. Simões, Construtora Colmeia, Construtora Diagonal, Construtora C. Rolim, Construtora Mota Machado, Moura Dubeaux, Brisanet, Enel Ceará e mais...e mais...

Com a Expo Indústria do Ceará, a economia cearense passará a contar com dois grandes eventos, pois, sempre na primeira quinzena do mês de junho, já acontece a Pecnordeste, que é a exposição do que produzem aqui a pecuária, a agricultura e seus variados setores — lacticínios, fruticultura, carcinicultura, avicultura, floricultura, apicultura, tilapicultura e outros.
 
A Pecnordeste para chegar até o ponto em que se encontra agora – quando já é uma marca de prestígio e de fácil comercialização – precisou de três anos (suas 24 edições anteriores foram acanhadas e raquíticas). Foi a força das novas lideranças do agro que transformou esse evento num acontecimento multitudinário. 

É o mesmo que acontecerá com a futura Expo Indústria do Ceará (repita-se, o nome será outro), pois a liderança da indústria cearense tem musculatura política, prestígio local e nacional e, igualmente, a disposição de fazer do evento um ponto de referência de todo o setor industrial brasileiro. 

Podemos antecipar: essa exposição dividirá a história industrial cearense em dois tempos: antes e depois dela. 

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