Faz hoje 30 anos que morreu, aos 24, o jornalista José Oriá Serpa Neto, o Serpinha, filho deste colunista. Ele era repórter do Diário do Nordeste, da TV Verdes Mares e correspondente de O Globo.
O dia primeiro de março de 1992 foi um domingo, ao longo do qual Serpinha produziu reportagens ao vivo que retrataram a religiosidade dos cristãos cearenses, parte dos quais se reuniu no Renascer, evento da Comunidade Católica Shalom, realizado no Ginásio Coberto Paulo Sarasate.
Como, no desenvolvimento da reportagem, houve um problema na câmera que precisou de ser levada para reparo, Serpinha permaneceu por duas horas naquele sítio esportivo, ouvindo palestras sobre a fé em Deus.
Em seguida, deslocou-se para a Praça do Ferreira, onde gravou o silêncio ensurdecedor num espaço que, em dia comum, é ponto de passagem de automóveis e suas buzinas e de aglomeração de milhares de pessoas que vão e vêm com algum objetivo. Na praça vazia de gente, só ele, o cinegrafista e o iluminador testemunharam o incrível remanso carnavalesco.
No final da tarde, encerrado o trabalho, tomou, no seu Fiat Uno, o rumo da praia do Morro Branco, em Beberibe, onde o esperávamos.
Às 20h05min, na pista singela da CE-040, que só anos mais tarde viria a ser duplicada, ele se deparou, quase na entrada de Cascavel, com uma carroça que, sem qualquer lâmpada sinalizadora, trafegava no mesmo sentido.
Ele desviou seu Uno para a esquerda, livrou de um choque a carroça, sua tração equina e seu humano guiador, salvando-lhe a vida e assegurando-lhe seu instrumento de trabalho – mas colidiu com um ônibus que trafegava em sentido contrário.
O corpo de Serpinha foi, segundo revelaram os peritos, o único a entrar no IML, no período carnavalesco de 1992, sem uma grama de álcool, uma constatação consoladora para seus pais.
Sua morte não foi em vão. Quatro meses depois, em um Seminário da Renovação Carismática Católica em Aparecida (SP), Helena, minha mulher e mãe de Serpinha, ouviu de um jovem a seguinte mensagem: “Deus tem um plano para realizar por meio da senhora”.
Na noite de 21 de julho de 1992, no nosso apartamento, Helena e 23 jovens realizaram a primeira reunião do que é hoje a Comunidade Católica Missionária Mariana Um Novo Caminho, legalmente constituída, cuja missão é evangelizar jovens e suas famílias.
Durante quatro anos, as reuniões do Novo Caminho realizaram-se no salão de festas do Condomínio Residencial Flamengo, cujos moradores jamais reclamaram contra a alegria dos jovens, que oravam e cantavam em alta voz.
Todo esse entusiasmo com o Evangelho de Jesus Cristo transferiu-se para a sede da Comunidade Nova Evangelização, onde permaneceu por sete anos.
No dia 10 de julho de 2003, o Novo Caminho ganhou sua própria casa, que se expandiu e hoje ocupa três imóveis vizinhos na rua Dom Expedito Lopes, 1949, aos quais também se juntou a Comunidade Nova Evangelização.
A vida de centenas de jovens mudou e o testemunho que eles dão sobre essa mudança emociona. Eles são jovens de todas as idades, de todos os níveis sociais, que chegam lá carregando todos os problemas da vida mundana.
Como diz S. Paulo no capítulo 8, versículo 28 de sua Carta aos Romanos, “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus”. Helena e eu sempre repetimos que a morte do Serpinha está inserida nesse contexto.
Hoje, às 18h30min, na sede do Novo Caminho, haverá missa de ação de graças pela vida eterna de Serpinha.
SUPERMERCADOS CEARENSES COMPRA DOS CEARENSES
Os supermercados cearenses estão adotando a prática de fomentar a economia estadual graças à parceria com fornecedores do Ceará, estimulada pela Associação Cearense de Supermercados (Acesu).
O Villabox Supermercado, por exemplo, informa que 95% de seus fornecedores são locais, entre indústrias, distribuidoras e varejistas. Já o Super Martri conta com 92%; e no Supermercado Pinheiro, aproximadamente 70% dos fornecedores também são cearenses, principalmente em de frutas, legumes e verduras.
O Mercadinhos São Luiz, por sua vez, inicou a campanha "É nosso, é do Ceará", com o objetivo de divulgar a história das marcas cearenses que são fornecedores da empresa.
“O apoio dos supermercados aos fornecedores locais é importante para fortalecer a economia com geração de empregos. Isso nos dá redução dos custos de logística, melhora do faturamento, incentivo ao empreendedorismo local e mais possibilidades de ampliações, o que demanda mais mão de obra, que certamente terá a população local como prioridade”, explica o presidente da Aces, Nidovando Pinheiro.