Hidrogênio Verde, ainda no papel, tem grandes desafios

Custo, armazenamento e transporte são gargalos que empresas e cientistas do mundo ainda tentam resolver. E mais: 1) Coco Bambu abre mais uma unidade em Fortaleza; 2) Casa Verde Amarela no Sinduscon-Ceará; 3) Embraer vende mais aviões

Legenda: O Portodo Pecém será a porta de saída do Hidrogênio Verde a ser produzido no Ceará
Foto: Kid Júnior

Para os que, como este colunista, se entusiasmam em demasia com o projeto de instalação do Hub de Hidrogênio Verde no Ceará, eis alguns dos desafios do H2V a serem vencidos, o que nos remete para um horizonte de 8 a 10 anos. 

Esses desafios estão no Portal Hidrogênio Verde, plataforma criada pelas Câmaras de Comércio Brasil–Alemanha, uma parceria que se intensifica a cada dia.

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Da leitura do que consta nesse portal, conclui-se o que esta coluna já disse: tudo está no começo. Do Hidrogênio Verde estamos a uma distância ainda não mensurada. Mas essa distância já foi maior.
 
Atentem: “Apesar do potencial do H2 Verde para substituir fontes de energia não-renováveis em curto, médio e longo prazos, há questões que ainda precisam ser superadas para a aplicação da tecnologia do H2 Verde. 

“PREÇO: Quanto mais barata for a energia usada para gerar o hidrogênio verde, mais viável será expandir a cadeia produtiva. Investimentos em aumento de escala e de eficiência na produção de energias eólica e solar estão sendo direcionados para as regiões do planeta com maior potencial.
 
“Atualmente, o hidrogênio verde é de duas a três vezes mais caro do que o hidrogênio azul. Estima-se que os custos de produção do hidrogênio verde podem cair 62% até 2030, para algo próximo de um patamar entre US$ 1,4 e US$ 2,3 por quilo. Se isso ocorrer, a paridade entre o custo do hidrogênio verde e o do hidrogênio cinza pode ocorrer entre 2028 e 2034 – com projeções abaixo de US$ 1 por quilo em 2040. 

“ARMAZENAMENTO - Há desafios em relação ao armazenamento do hidrogênio em tanques devido à sua alta volatilidade e inflamabilidade, mas há também opções mais seguras para mantê-lo guardado, como liquefazê-lo, diluí-lo em gás natural ou até agregá-lo à amônia – neste caso, ele pode ser extraído da amônia no destino final.
 
“Tubulações de gás natural já instaladas podem transmitir o hidrogênio diluído (20% de H2 e o restante de gás natural) por distâncias que podem superar 5 mil km. O potencial de transmissão energética nessas tubulações é dez vezes maior do que o de uma linha elétrica e a um oitavo do custo. 

"TRANSPORTE: O setor de transportes gera 24% das emissões globais de CO2 por causa da queima de combustíveis fósseis como a gasolina e o diesel. Deste montante, 3/4 são emitidos por carros, caminhões, ônibus e motocicletas. Por isto, mais de 20 países estão trabalhando para zerar as vendas de veículos poluentes até 2035. 

“A meta da indústria automobilística mundial é ter 4,5 milhões de veículos movidos a bateria limpa rodando até 2030 – China, Japão e Coreia do Sul à frente. Projeta-se, paralelamente, a construção de 10,5 mil postos de abastecimento de hidrogênio para essa nova frota.

“No transporte naval, a amônia verde, sintetizada a partir do hidrogênio verde, pode impulsionar navios de carga, sendo o melhor custo-benefício para a descarbonização do tráfego de contêineres até 2030.

“Para o setor de aviação, o desafio é desenvolver tecnologia capaz de impulsionar aeronaves de pequeno a grande porte com hidrogênio líquido. Outra opção é substituir querosene de aviação por combustíveis sintéticos, à base de hidrogênio verde, que emitem menos carbono."

MAIS UM COCO BAMBU EM FORTALEZA

Depois de seis meses de trabalho e alguns milhões de reais depois, a rede cearense de restaurantes Coco Bambu inaugurará, em dezembro, sua mais nova casa em Fortaleza, o Coffe Break Coco Bambu. 

Localizado na rua Costa Barros, com quase 500 m² de área construída, a nova unidade funcionará durante os três turnos e para as três refeições – café da manhã, almoço e jantar.

São mais novos empregos diretos que abre para o trabalhador cearense, um dos mais castigados pela pandemia da Covid 19 no Ceará e no resto do país.

A NOVA GESTÃO

Nas próximas quinta e sexta-feiras, 18 e 19, a Gomes de Matos Consultores Associados promoverá, de forma presencial, o curso "A Nova Gestão".

Ministrado pelo consultor Eduardo Gomes de Matos, o curso tem o objetivo de auxiliar empresários na definição e implantação de nova estrutura, framework e estratégias que adequem suas empresas às constantes e velozes mudanças do mercado. 

Segundo Eduardo Gomes de Matos, os líderes dos negócios devem hoje aprender a ver as coisas de forma diferente, fazer de uma forma diferente e entregar de forma diferente, mas isso não é fácil, se não houver ajuda. 


"Para a maior parte das empresas, os negócios, como são conduzidos atualmente, não são mais viáveis. O que o mercado exige não é uma melhoria incremental, mas um aumento de desempenho com ordem de grandeza significativa", explica Gomes de Matos. Inscrições pelo:
 
https://novagestao.eduardogomesdematos.com.br/presencial

HABITAÇÃO VERDE E AMARELA NO SINDUSCON-CEARÁ

Amanhã, quarta-feira, 17, o secretário Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Alfredo Santos, apresentará aos empresários do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon) o novo Programa Habitacional do Governo Federal, denominado Casa Verde e Amarela.

Será revelado o que o programa dispõe para atender à demanda das Região Nordeste do país.

A presença do secretário Alfredo Santos estará em linha com a posição do Sinduscon-Ceará, Patriolino Dias, presidente da entidade. “Defendemos programas de habitação de interesse social como uma política de Estado e não de governo”, afirma ele, que está pessoalmente empenhado em que o maior número possível de sócios do Sinduscon participem do evento.

Patriolino Dias informa que a apresentação do Programa Habitacional Verde e Amarelo será realizado às 9 horas, no auditório José Flávio Costa Lima, no térreo do edifício-sede da Fiec, na Avenida Barão de Studart.

EMBRAER VENDE MAIS 3 JATOS PARA A NIGÉRIA

Em mensagem a esta coluna, a Embraer anunciou hoje, no Dubai Air Show, nos Emirados Árabes, onde se encontra o presidente Jair Bolsonaro, a venda de três novos jatos E175 para a Overland Airways, da Nigéria, com direitos de compra para outras três aeronaves do mesmo modelo. 

As aeronaves, de 88 lugares, com configuração de cabine classe premium, começarão a ser entregues a partir de 2023. O valor do contrato é de US$ 299,4 milhões, a preço de lista com todas os direitos de compra sendo exercidos. 

Essas aeronaves aumentarão os voos domésticos e permitirão expandir as rotas regionais da companhia.
 
A Embraer é a terceira maior fabricante de aviões do mundo 

“Estamos confiantes de que este é o momento certo para investir, já que a aviação regional vem tendo uma otimista recuperação pós-pandemia. Nossos clientes vão realmente desfrutar de todo o conforto do E175, e agradecemos nossa parceria com a Embraer”, disse o Capitão Edward Boyo, Presidente e CEO da Overland Airways.

“Estamos orgulhosos desta parceria com a Overland e apoiar sua expansão regional. Estamos vendo uma crescente demanda de longo prazo por aeronaves corretamente dimensionadas para fornecer conexões domésticas lucrativas na Nigéria’, disse César Pereira, Vice-Presidente para Europa, Oriente Médio e África, a Embraer Aviação Comercial.

Durante a pandemia, o E175 tem sido uma ferramenta vital para muitas companhias aéreas regionais, pois estão perfeitamente adaptadas à reconstrução da malha aérea, melhorando frequências e adicionando eficientemente capacidade para atender à demanda que vem se recuperando gradualmente.