Farmácias Pague Menos já se preparam para a telemedicina

Seu controlador, Deusmar Queirós, disse aos aos associados do Lide-Ceará, aos quais falou nesta sexta-feira na hora do almoço, que sua rede ampliará sua presença no Sudeste e no Sul, antes de internacionalizar-se.

Antes de pensar na sua internacionalização, a rede de farmácias Pague Menos, com sede em Fortaleza, presente hoje em todos os 27 estados do país e no Distrito Federal, está cumprindo um plano estratégico que prevê, neste ano, a abertura de dezenas de novas unidades, principalmente no Norte e no Nordeste, mas com espaço para crescer no Sul e Sudeste, onde a empresa não tem ainda “presença marcante”, e mais investimento na Tecnologia da Informação, preparando a companhia para o avanço da Telemedicina.

Quem transmitiu as informações acima foi o empresário Deusmar Queiroz, controlador do Grupo Pague Menos, ao falar durante duas horas para associados do Lide-Ceará.

Ele abordou vários temas, inclusive políticos.
 
Na sua opinião, a proposta de Reforma Administrativa deve ser prioridade do Congresso Nacional. Trata-se de providência indispensável para colocar um fim ao que chamou de “privilégios e mordomias” concedidos por Lei aos funcionários dos três poderes da República nas esferas federal, estadual e municipal.

Contou muitas histórias sobre sua vida empresarial e de sua organização, revelando que ganhou dinheiro comprando e vendendo ações na Bolsa de Valores e, mais ainda, recebendo, em suas lojas, contas de luz, de água e esgoto e até de funerárias.
 
Na época da inflação alta, a Pague Menos recebia essas contas, aplicava-as no “overnight” durante três dias, ficando com o lucro da aplicação e repassando o principal para o credor.

Mais tarde, ele viu que nos EUA as farmácias não vendiam só medicamentos, mas cosméticos, perfumes e outros produtos, incluindo refrigerantes, operando como “drugstores”.

Foi seu esforço pessoal que trouxe para o Brasil o modelo norte-americano, e hoje todas as redes brasileiras de farmácias operam como as dos EUA.

Hoje seu grupo de empresas tem sócio estrangeiro (o General Atlantic) que detém 17% do seu capital; tem ações negociadas na Bolsa B3, cujo IPO, no ano passado, foi um sucesso; tem governança corporativa; concluiu o processo sucessório (hoje, são os seus quatro filhos que administram a companhia com o apoio de executivos recrutados no mercado); e já se reestrutura para “encarar os desafios da pós pandemia”, como ressaltou Deusmar Queirós.

Mediada pela presidente do Lide-Ceará, Emília Buarque,a exposição do controlador da Pague Menos trouxe algumas informações inéditas.

Por exemplo: a Pague Menos é sócia do que o expositor chamou de “uma grande transportadora nacional, com mais de 600 carretas”; e comprou 100% da Biomátika, grande empresa farmacêutica cearense com sede em Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, fabricante de vasta linha de cosméticos.

Deusmar Queirós disse que, “se fosse hoje, eu seria preso por promover trabalho infantil”, lembrando que seus filhos, “aos 12-13 anos, trabalhavam nas nossas farmácias carregando caixas de medicamentos”. Eles foram, depois, para os EUA, onde fizeram MBA, preparando-se para ser o que são hoje – os dirigentes da empresa.

“Mas eles estão aí por mérito. Todos são ‘experts” em suas respectivas áreas de atuação”, explicou o pai, que ainda deu um conselho a quem tem empresa familiar: “Bote os meninos bem cedo para estudar e trabalhar”.



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