Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Vós ouvistes o que foi dito: 'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!' Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito."
Reflexão – A perfeição é a vivência do amor de Deus!
De maneira muito simples e clara Jesus nos dá a receita para que sejamos filhos do Pai que está no céu: agir de acordo como Ele agia, praticando com o nosso próximo o mesmo método que Ele usa para conosco. E a primeira regra que Jesus nos aponta é, justamente, a vivência do amor em todas as circunstâncias, mesmo naquelas em que somos perseguidos pelos inimigos. Assim sendo, com estas palavras, Jesus nos ordena: “Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito”! A perfeição é a vivência do amor de Deus se manifestando dentro de nós. Às vezes confundimos perfeição com perfeccionismo e acreditamos que ser perfeito é fazer tudo muito direito e não dar margem a que outras pessoas nos julguem. Jesus, no entanto, nos adverte de que ser perfeito é saber perdoar, amar, acolher, aceitar o erro dos outros, assim como Pai o faz. Deste modo, Ele nos ensina a pôr em prática a Lei de Deus que antes era deturpada: amar ao próximo como a nós mesmos. Seremos parecidos (as) com o Pai na medida em que vivenciarmos o Seu Amor nos nossos relacionamentos. Deus ama incondicionalmente ao maior pecador. Aos olhos do mundo o que Jesus nos ensina é uma verdadeira incoerência, pois na maioria das vezes, damos o primeiro lugar na nossa vida às pessoas de quem mais gostamos; só oramos pelos que são mais queridos (as) nossos; só cumprimentamos a quem simpatizamos; só ajudamos às pessoas que podem nos recompensar; gostamos sempre de permanecer no grupo perto das pessoas com quem mais nos identificamos e assim por diante! As outras pessoas, são como ilustres desconhecidos para não dizer inimigos e estão fora do nosso convívio. Amar e rezar pelos nossos inimigos e perseguidores é o conselho de Jesus. Por isso, não podemos nos limitar a amar somente àqueles que nos amam, não haveria mérito. Não somos obrigados a gostar ou admirar, Jesus nos ordena que amemos e amar é querer o bem, é ajudar, é reconhecer que todas as pessoas são objeto do Amor de Deus. O Pai perfeito do céu nos ama do jeito que somos e não nos cobra e nos perdoa, mesmo quando somos filhos e filhas ingratos. A perfeição, a grandeza e o poder do Pai estão no amor e o Seu Amor foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo, portanto podemos amar os nossos inimigos. – Você concorda com isso? – Você faz discriminação de pessoas? – Você cultiva o hábito de formar panelinhas? – Você deseja o bem e o sucesso para todo mundo ou só para alguns? - Você reza pelas pessoas a quem você não aprecia, ou até pelas pessoas que o (a) perseguem? – Você tem alguém a quem perdoar? Reze por esta pessoa!
Helena Colares Serpa – Comunidade Católica Missionária UM NOVO CAMINHO