Empresários cearenses da indústria e da agropecuária estão muito preocupados – e põe preocupação nisso – com o avanço do El Niño, fenômeno natural que, pelo aquecimento das águas do Pacífico Equatorial, provoca, como vem provocando, intensas chuvas no Sul do País e a falta delas nas regiões Norte e Nordeste.
Por causa do El Niño, os rios da Amazônia estão secando, enquanto os da região Sul estão com enchentes.
Aqui no Ceará, a preocupação é maior porque o volume de água dos grandes açudes do Estado – que já é raquítico – ficará franciscano com o avanço do El Niño, que, segundo os institutos de meteorologia que monitoram o clima no mundo, se prolongará até, pelo menos, o primeiro trimestre de 2024, podendo estender-se por mais tempo..
O governador Elmano de Freitas e sua equipe têm um desafio: adotar providências que reduzam ao mínimo possível as consequências do El Niño. E uma dessas providências é garantir a continuidade do bombeamento das águas do rio São Francisco para o açude Castanhão.
Essa garantia, porém, ainda não foi confirmada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. O problema é um só: o alto custo de operação do Projeto São Francisco.
A preços de hoje, são R$ 300 milhões por ano só com energia elétrica. É dinheiro que os estados beneficiados pelo Projeto São Francisco de de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará não têm.
O prolongamento do El Niño causará graves prejuízos à agropecuária nordestina. No Ceará, além disso, poderá ameaçar o abastecimento humano e a dessedentação animal. O bombeamento das águas do São Francisco será vital.