Crescem no Ceará produção e exportação de atum

Todo o beneficiamento do atum é feito por indústrias cuja maioria se localiza no município litorâneo de São Gonçalo do Amarante, E mais: 1) Quixeramobim quer Veterinária; 2) Pague Menos tem lucro recorde; 3) Começa colheita do algodão no Apodi

Para os que ainda não conhecem a economia do mar, na qual o Ceará mergulhou de uns anos para cá:

A produção cearense de atum, no primeiro semestre deste ano, alcançou 3.871 toneladas, o que leva a estimar que fechará 2021 com uma produção bem superior às 7.382 toneladas produzidas no ano passado de 2020.

As exportações cearenses de atum, de janeiro a junho de 2021, chegaram ao registro de 92 CAOLs (Certificado de Acreditação de Origem Leal). 

Cada CAOL equivale a um contêiner com capacidade de 25 toneladas.
 
Exportamos para o Equador 170 toneladas de lombo cozido congelado e 828,45 toneladas de atum eviscerado congelado.

Para o Chile, foram exportadas 668,97 toneladas de atum enlatado congelado.

Todo o beneficiamento do atum é feito por indústrias cuja maioria se localiza no município litorâneo de São Gonçalo do Amarante, onde está o Complexo do Pecém. 

A captura do atum cearense é feita por uma frota de dezenas de barcos, muitos dos quais eram lagosteiros e foram transformados em atuneiros, o que revela o futuro promissor dessa atividade no ´Ceará.

QUIXERAMOBIM PEDE FACULDADE DE VETERINÁRIA

Agrônomo, pecuarista, produtor de leite e ex-presidente da Empresa de Assistência Técnica do Ceará (Ematerce), José Maria Pimenta aplaude o esforço do Instituto Luís Girão, que começou a executar, na Fazenda Flor da Serra, na Chapada do Apodi, um programa de transmissão do conhecimento para pequenos produtores de leite do Estado, aos quais está sendo apresentada a tecnologia da Pecuária 4.0.

Todavia, do alto de sua experiência profissional e empresarial, Pimenta pede espaço para transmitir não apenas uma sugestão, mas um conselho que vale também para o governo estadual:

“Quixeramobim é a maior bacia leiteira do Ceará, tem a melhor genética e já adota um pacote tecnológico avançado para a nossa pecuária leiteira. Porém, precisamos, e para isso toda a estrutura já está pronta, de uma Faculdade de Medicina Veterinária”.
 
Ele toma fôlego e segue falando:

“A estrutura da Fazenda Normal, um patrimônio do Governo do Estado, localizada na zona rural, distante só 10 quilômetros da sede municipal, está preparada para receber essa unidade de ensino superior. Além disso, já temos laboratórios instalados no Centec de Quixeramobim, o que agregará favor científico à futura faculdade”.

Mostrando pleno conhecimento do assunto, José Maria Pimenta mantém o discurso:

“Portanto, para darmos outro salto tecnológico importante para a pecuária, principalmente a do Sertão Central do Ceará, urge que se instale aqui um curso de medicina veterinária. Ele deverá ser uma extensão do que, maravilhosamente, já existe na estrutura da Universidade Estadual do Ceará (Uece), em seu campus de Fortaleza. É disso que os pecuaristas do Sertão Central precisam com urgência. O governador Camilo Santana marcaria um belo gol se, no último ano de sua gestão, tornasse realidade esse antigo sonho dos pecuaristas do sertão cearense”.

APODI COLHE NOVA SAFRA DE ALGODÃO

Começou ontem a segunda colheita da safra de algodão na Chapada do Apodi, cultivado em regime de sequeiro, ou seja, só com água da chuva.

Desta vez, a área plantada – terra de pequenos produtores da região – chegou perto de 1.200 hectares, e o primeiro dia da colheita revelou uma produtividade semelhante à registrada no Oeste da Bahia – algo como 300 arrobas por hectare (uma arroba equivale a 15 quilos).

O secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) do Governo do Estado, Sílvio Carlos Ribeiro, está otimista com relação ao futuro empresarial da cotonicultura cearense.

“A qualidade do algodão colhido é excelente, graças às sementes criadas e desenvolvidas pela Embrapa e ao solo da Chapada do Apodi, que se tem revelado muito propício à cultura”, comenta o secretário.
  
MERCADO DE CAMARÃO PERTO DA NORMALIDADE

Cristiano Maia, dono da Samaria Camarões, maior produtora de camarão do país, informa: o laboratório de sua empresa produz, mensalmente, 400 milhões de larvas.

Desse total, 250 milhões destinam-se à própria Samaria, cuja área de viveiros é de quase 1.500 hectares. O restante é comercializado para pequenos e médios carcinicultores do Nordeste e do Sudeste. 

Informa, ainda, Cristiano Maia que o mercado brasileiro de camarão “está retomando, ainda lentamente, as vendas de antes da pandemia, sendo que no Ceará essa retomada tem sido mais acelerada”. 

FIEC RECEBE A PARCEIRA ABDI

Ricardo Cavalcante, presidente da Federação as Indústrias do Ceará (Fiec), recebeu ontem o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Igor Calvet.
 
As duas entidades são parceiras na execução dos projetos Rstum e Rede Obras Digitais.

O Projeto Rastum promove o rastreamento da cadeia do atum, impactando digitalmente do pescador à comercialização de produtos. A atividade visa a disponibilização de plataformas que permitam ao pescador, na ponta, saber o peso, a quantidade do pescado e outras informações que lhe permitam melhores transações comerciais.

Já o Rede Obras Digitais é um projeto de transformação digital para obras pesadas, de difusão de tecnologia e aumento da capacidade cognitiva e de inteligência de dados voltada aos grandes projetos de infraestrutura. Os dados permitirão a mensuração dos tempos de carga e descarga e de viagem, bem como o gasto de combustível, que está diretamente associado ao peso da carga, por exemplo.

TURISMO: UMA CRÍTICA AOS GOVERNANTES

José Hugo Machado, empresário cearense com investimentos imobiliários e turísticos no Brasil (é dono dos hotéis Luzeiros de Fortaleza e São Luís) e em Portugal – onde há 50 anos sua empresa compra e reforma prédios antigos, mantendo a arquitetura externa e modernizando o seu interior, e onde ele passa seis meses do ano em seu amplo apartamento no bairro Amoreiras, em Lisboa – lamenta que “nossos governantes só pensem e só apoiem as indústrias, como se o turismo fosse um pesadelo e não uma mais-valia. Investem rios de dinheiro a fundos perdidos na indústria, sendo poucas as que sobrevivem”. 

Machado escreveu ontem, em uma rede social, o seguinte:

“Não temos tecnologia nem matéria prima para concorrer com o Sul. Nossa matéria prima no turismo é natural – são as praias a perder de vista”. 

Em seguida, ele transmitiu esta mensagem:

“Acordem, senhores governantes, saiam da vossa zona de conforto, unam-se e apoiem a hotelaria, que é considerada também como indústria em qualquer parte do mundo”.

PAGUE MENOS: O MELHOR LUCRO TRIMESTRAL

Saiu o balanço financeiro do segundo trimestre do Grupo Pague Menos, rede cearense farmácias presente em todos os estados brasileiros.

Seu lucro líquido alcançou R$ 71,6 milhões, o maior lucro trimestral da história da companhia, cujo CEO e acionista é o jovem empresário Mário Queirós, filho do fundador da empresa, Deusmar Queirós.

O lucro obtido foi 683% maior do que o registrado no segundo trimestre do ano passado de 2020.

No acumulado deste ano, o lucro da Pague Menos bateu em R$ 115,8 milhões.

EMPREGO NA INDÚSTRIA ELETRÔNICA

Informa a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) com base em dados do Novo Caged:

A indústria elétrica e eletrônica abriu 14,5 mil postos de trabalho no primeiro semestre deste ano. No mês de junho, foram abertas 1.555 novas vagas. 

Esse foi o sexto incremento consecutivo no nível de emprego do setor, que totalizou 262,6 mil funcionários diretos ao final do mês ante 248,1 mil em dezembro do ano anterior.

O resultado de junho foi mais significativo do que os verificados nos meses de abril de 2021 (+946 vagas) e maio de 2021 (+799 vagas).

Segundo a Abinee, com exceção do mês de dezembro de 2020, o nível de emprego da indústria eletroeletrônica vem aumentando desde junho do ano passado.