Com nova Adece, Ceará aposta na economia popular e inovação

Segundo o secretário Maia Júnior, "o que virá, no curto prazo, será uma sacolejada nas relações do governo estadual com seus agentes econômicos, agora incluindo os de pequeno porte”.

Completamente remodelada, nasceu na quarta-feira, 24, e no mesmo dia foi batizada, a nova Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece). 

Precoce, ela dá os primeiros passos para tornar-se, o mais rapidamente possível, uma agência de fomento que, pilotada por profissionais do mercado já empossados, terá o desafio de catapultar as atividades econômicas do Estado – da indústria à agropecuária – incluindo as que movem os pequenos produtores, para os quais foi criada uma diretoria – a de Economia Popular – destinada a proporcionar-lhes apoio aos seus empreendimentos. 

O secretário do Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior, não esconde seu entusiasmo com o que está por vir, “e o que virá, no curto prazo, será uma sacolejada nas relações do governo estadual com seus agentes econômicos, agora incluindo os de pequeno porte”, como ele diz. 

Maia não tem dúvida de que o governador Camilo Santana acertou ao aprovar, com o respaldo do Poder Legislativo, o novo desenho da Adece, a cujos objetivos e tarefas foi acrescentado um turbinado FDI – Fundo de Desenvolvimento Industrial, que passa a dirigir seu foco para outras atividades que também produzem riquezas. 

“Estamos todos, no governo, nos adequando aos novos tempos, que são tempos de inovação e nos quais se incluem o comércio, o turismo, os serviços, a agricultura e a pecuária”, discursa o secretário Maia Júnior. 

Ele assegura que, com a nova Adece, está sendo criado um novo e dinâmico ambiente de negócios no Ceará, com a devida segurança jurídica, permitindo o monitoramento das empresas incentivadas pelo FDI, para o que todas as rotinas da burocracia estão sendo digitalizadas. 

Para além do que o novo comando da Adece tem pela frente, deve ser destacado um detalhe: 

O secretário Maia Júnior, que no fim do ano passado sinalizou que poderia retornar à atividade privada, tem agora mais motivos para permanecer onde está. Afinal, as mudanças sugeridas na Adece e no FDI foram produzidas pela sua inteligência, aprovadas pelo governador e referendadas pelo Poder Legislativo. 

Abandonar o barco no justo momento em que ele alcança a velocidade de cruzeiro seria abrir mão de um prêmio e, ao mesmo tempo, rejeitar um instigante desafio. E se há algo que sempre encantou Maia Júnior foram novos desafios. 

SORO NA SAÚDE

Boa notícia vem do Distrito Industrial da Saúde, no Eusébio. Uma de suas empresas farmacêuticas em operação acaba de importar, a um custo de R$ 10 milhões, um equipamento que aumentará sua capacidade de produção de 600 para 3.300 frascos de soro fisiológico por hora. 

Todo o processo de importação foi executado pela JM Negócios Internacionais, empresa especializado em despacho aduaneiro, cujo CEO, Augusto Fernandes, acrescenta mais positivas informações: 

“O Ceará é referência na produção de nutrição parental (soro), sendo responsável por um terço do que é vendido no País. O setor químico cearense tem faturamento anual de cerca de R$ 1,5 bilhão e ocupa a sexta colocação no ranking industrial do Estado, com 6,3% de participação na indústria local.”

CAIXA

A carteira de crédito habitacional da CAIXA alcançou mais de meio trilhão de reais em 2020, atingindo o volume de R$ 509,8 bilhões e 5,6 milhões de contratos. 

O Banco segue como o maior financiador da casa própria no país, com 68,8% do mercado. Esse resultado é fruto direto de ações dos últimos dois anos, que incluem as reduções de taxas, criação de produtos e implementação da jornada digital do financiamento.
 
Em dezembro do ano passado, a CAIXA atingiu o maior volume de concessão de crédito imobiliário da história. 

Foram R$ 116,0 bilhões contratados em 2020, um crescimento de 42,4% nos últimos dois anos, com 564,6 mil novos financiamentos. O banco possibilitou uma nova moradia a cerca de 2,0 milhões de brasileiros.

REVITALIZAÇÃO

Informa o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) que recebeu 48 inscrições de projetos de revitalização de bacias hidrográficas no País, por meio de edital lançado pelo Programa Águas Brasileiras. 

As propostas, apresentadas pela iniciativa privada, contemplam ações em 12 estados e aproximadamente 300 municípios e visam o uso sustentável dos recursos naturais e a melhoria da disponibilidade de água em quantidade e qualidade para os usos múltiplos.
 
Foram 25 iniciativas propostas para a Bacia do São Francisco, duas para a do Parnaíba, três para a do Taquari, 15 para a do Araguaia-Tocantins e mais três em outras bacias. 

O resultado da análise e seleção está previsto para o próximo dia de março. Os projetos selecionados serão divulgados no portal do MDR, visando fazer a conexão entre eles e organizações e empresas que desejem apoiá-los financeiramente.

PNAD

Hoje, o IBGE divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua Mensal).

A expectativa é que ela se mantenha estável, ou seja, com a taxa de desocupados em 14,5 milhões de pessoas.

CERÂMICA

A empresa cearense Cerbras, com fábrica no Distrito Industrial de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, anunciou ontem que investirá, neste ano, R$ 170 milhões na importação de máquinas produzidas na Itália e na Espanha, com as quais ampliará sua produção de lajotas de cerâmica. 

A nova unidade industrial da Cerbras entrará em funcionamento no segundo semestre deste ano e criará 150 novos empregos diretos. 

A Cerbras será a única fábrica de cerâmica do Nordeste a produzir lajotas de 1,20m x 1,20m, cujo formato atende às novas tendências mundiais de arquitetura e design. 

“E vamos produzi-las com o que há de mais moderno no mundo em tecnologia de porcelanatos", promete a empresária Mariana Mota, diretora da Cerbras. 

MERCADO

Na manhã desta sexta-feira, caem os preços do petróleo. O do tipo Brent, negociado em Londres, é negociado a US$ 66,14, queda de 1,11%; o do tipo West Texas Intermediate, a US$62,88, uma queda de 1,02%.

É o segundo dia de perdas para o barril de petróleo.

As bolsas da Ásia caíram hoje – a do Japão e da Chpa caíram 3,2%; a da Coreia do Sul, 2,9%; a da Austrália, 2,4%.

As bolsas da Europa também operam nesta manhã em baixa. A tendência das bolsas norte-americanas também é de baixa.



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