Mais um dia de queda, desta vez uma queda perto da estabilidade, marcou o pregão de ontem da Bolsa de Valores brasileira B3. Ela caiu 0,15%, fechando aos 108.578 pontos. O dólar deu uma boa subida, fechando cotado a R$ 5,28, com alta de 1,48%.
Neste mês de dezembro, a Bolsa B3 registra queda de 3,47%, mas neste ano ela tem um ganho de 3,58%.
Ontem, a bolsa brasileira operava em baixa de mais de meio por cento, mas aí chegou a informação oriunda da China, cujo governo anunciou que, a partir do dia 8 de janeiro, será suspensa a quarentena imposta hoje aos que visitam o país. É mais uma providência na direção do fim da política de Covid Zero, o que quer dizer que a economia chinesa será reativada quando chegar o ano novo, ou seja, a partir da próxima semana.
No front interno, a Bolsa também foi influenciada pelas informações dadas à imprensa pelo futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, segundo quem os nomes dos futuros presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica e dos futuros integrantes do Conselho Monetário Nacional serão conhecidos até sexta-feira.
Outra notícia bem recebida pelo mercado foi a da escolha da senadora Simone Tebet para o ministério do Planejamento. Esta informação foi transmitida à imprensa pelo futuro ministro da Casa Civil, Alexandre Padilha, de acordo com quem Simone Tebet não terá, como queria, a gestão dos bancos públicos, que seguirão vinculados ao Ministério da Fazenda.
Ontem, à tarde, o mercado financeiro foi agitado pela notícia de que o presidente Bolsonaro estenderia o prazo de isenção da cobrança do PIS/Cofins incidente sobre o preço dos combustíveis. O futuro ministro da Economia, Fernando Haddad, entrou em contato com o ministro da Economia, Paulo Guedes, com o pedido de que essa providência seja deixada para o próximo governo, que tem pela frente um problema fiscal, o que o levará a adotar medidas que evitem perda de receita. O pedido foi aceito.
Resultado: o preço dos combustíveis poderá subir a partir do dia primeiro de janeiro, e aqui em Fortaleza ele já subiu, e subiu de forma espetacular: saiu de R$ 4,87 para R$ 5,59.
Mas este colunista viu ontem vários postos vendendo gasolina pelo preço antigo de R$ 4,87. Um desses postos está localizado na Avenida Santos Dumont, esquina com a Tibúrcio Cavalcante, exatamente em frente à obra de construção da Estação da Linha Leste do Metrofor, na Aldeota.
Essa diferença de preços é um absurdo, porque a gasolina que está sendo vendida hoje foi adquirida pelo preço antigo cobrado pelas refinarias. Os postos que a vendem por R$ 4,87 obtêm lucro; mas os que a vendem agora por R$ 5,79 estão obtendo lucros obscenos.
Surgem duas perguntas: a primeira é por que alguns postos continuam vendendo gasolina a R$ 4,87 e a maioria deles a vende por R$ 5,59?
A segunda é: para que serve mesmo a Agência Nacional do Petróleo, a ANP, se ela não cumpre com o seu dever de fiscalizar os postos?