Opinião
BNB e Sudene juntam-se para estimular inovação no Nordeste
O programa Inova + Nordeste prevê governança do porcentual de 1,5% relativo ao retorno das aplicações do FDNE. É um caixa com dinheiro suficiente para animar projetos privados inovadores.
Discretos, como aconselha o manual da boa gestão, o presidente do Banco do Nordeste, Romildo Rolim, e o superintendente da Sudene, Evaldo Cruz Neto, reuniram-se em Fortaleza na última quarta-feira, 20.
Eles acertaram ações conjuntas dos dois organismos, ambos vinculados ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), com foco na recuperação e fortalecimento dos setores do turismo, gravemente ferido pelos efeitos sociais e econômicos da pandemia, e da indústria, que, pelo mesmo motivo, vem sendo castigada desde março do ano passado, quando o Covid-19 invadiu o Brasil e iniciou seu rastro de destruição de empresas e empregos.
Sudene e BNB também acordaram em investir em ações de pesquisa que promovam o desenvolvimento regional nordestino.
Neste particular, a Sudene apresentou-se com o Inova + Nordeste, um programa de governança do porcentual de 1,5% relativo ao retorno das aplicações do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, o FDNE.
É um caixa com dinheiro suficiente para, sob uma gestão eficaz, como é o caso do BNB, atrair e animar as empresas que querem inovar.
Raimundo Gomes de Matos, diretor de Planejamento e de Articulação de Políticas da Sudene, presente na reunião, disse à coluna que o Inova + Nordeste tem a exclusiva finalidade de apoiar atividades de pesquisa, desenvolvimento e tecnologia voltadas para o incremento da economia regional, sendo por isto mesmo fundamental a participação das fundações de amparo à pesquisa, como a Funcap do Ceará.
Romildo Rolim, presidente do BNB, lembrou que o Banco do Nordeste e a Sudene “são instituições gêmeas e parceiras, pois trabalham pela mesma, o desenvolvimento regional”.
As duas ombrearam-se na tarefa do enfrentamento dos prejuízos causados pela pandemia, injetando nas empresas nordestinas, as pequenas incluídas, R$ 3 bilhões em crédito emergencial.
Por enquanto, a erva daninha do toma lá dá cá em que se transformou a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, no dia 1º de fevereiro, ainda não chegou ao BNB nem à Sudene, mas já atingiu (este é o verbo correto) a Companhia Docas do Ceará e a superintendência cearense do Dnit.
Espera-se que a politicalha de Brasília não mexa nos postos de direção da Sudene e do Banco do Nordeste.
DOCE MEL
Há uma revolução na apicultura de Icó, no Centro-Sul do Ceará.
Lá, 116 apicultores da agricultura familiar produzirão, neste ano, 30 toneladas de mel de abelha.
A prefeitura de Icó fornecerá aos apicultores o Selo de Inspeção Municipal, com o que poderão comercializar sua produção.
DO RUIM AO PIOR
Uma pesquisa feita pelo Datafolha apurou que, no ano passado, de 2020, 4 milhões de estudantes brasileiros, com idade entre 6 e 34 anos, abandonaram os estudos.
A causa foram as dificuldades imposta pela pandemia.
A taxa de abandono escolar chegou aos 8,4%.
Entre os que, em 2020, pararam de estudar, 17,4% disseram que não têm intenção de voltar aos estudos neste ano de 2021.
A pesquisa envolveu alunos das escolares de primeiro e segundo graus e, também, do ensino superior.
Isto quer dizer que a Covid-19 não afetou só a saúde e a economia do país, mas também seu setor de educação, que, se já era ruim, tende, agora, a piorar.
O Brasil tem 90 milhões de habitantes com idade entre 6 e 34 anos, dos quais 53% estavam, no ano passado, matriculados nas escolas e universidades. Como parece ter chegado a segunda onda da pandemia, a perspectiva é de que o quadro da educação brasileira não é animador.
Surge a pergunta: o que será da juventude do Brasil depois desta pandemia?
SEM CRIME
Para o site da SSPDS, que é, na linguagem da arquibancada, a Secretaria de Segurança Pública, apropriar-se, por meio digital (internet), de informações pessoais de outrem para fins ilícitos, não é crime.
Duvida?
Tente fazer um Boletim de Ocorrência (o famoso BO) no site da SSPDS, contando como você foi ludibriado por um falso site da PMF que anunciava o cadastramento de idosos para a vacinação anti-Covid.
Este colunista, ludibriado, tenta fazê-lo há quatro dias, sem êxito.
IMPEACHMENT
Caiu a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, segundo revela pesquisa do Datafolha ontem publicada.
Era o combustível que faltava para a estratégia de tira-lo da presidência pela via do impeachment.
Ao longo deste sábado e do dia de amanhã, domingo, a grande mídia repercutirá a pesquisa não só para comover a população, mas, principalmente os parlamentares que elegerão, no próximo dia 1º de fevereiro, o novo presidente da Câmara dos Deputados.
Será essa eleição que decidirá, também, sobre o futuro do governo Bolsonaro: se o eleito for Baleia Rossi, o o processo de impeachment será eberto logo; se for Artur Lira, a chance de impedir o presidente será zero.
