Em seu mandato de quase oito anos, encerrado em março passado, o governador Camilo Santana profissionalizou, máxime na segunda metade da gestão, toda a área ligada à economia estadual.
Entregue à liderança do secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, a área respondeu com rapidez e eficiência aos desafios, o principal dos quais foi e continua sendo o de implantar no Complexo do Pecém um Hub de produção do Hidrogênio Verde.
Apoiado pela Federação das Indústrias (Fiec) e pela Universidade Federal do Ceará (UFC), o projeto do Hub do H2V atraiu mais de duas dezenas de empresas estrangeiras e nacionais, que celebraram Memorandos de Entendimento (MOU na sigla em inglês).
A cinco dias da eleição do próximo domingo, 2/10, os investidores (e, também, os jornalistas) mantêm a incerteza do que acontecerá com esse projeto de suma importância para a economia do Ceará e do País.
Esta coluna enviou para os três principais candidatos – que lideram as pesquisas eleitorais – quatro perguntas que tratam da questão, mas até agora, apesar de, pessoalmente, terem assumido o compromisso de dar respostas às indagações, isto ainda não aconteeu.
Sugere o bom senso que a Sedet e todo o conjunto de organismos a ela vinculados sejam mantidos distante da partilha dos cargos do governo, ritual normal e tradicional que ocorre após a eleição do governador.
O Ceará tem sido destaque no país e fora dele porque, desde 1987, adota diretriz de governança cuja primeira prioridade é o controle das contas públicas; a segunda é respeito aos contratos. Foi por estas e outras razões que, por exemplo, a gigante alemã Fraport decidiu investir, e muito, no leilão que, em março de 2017, privatizou o Aeroporto Pinto Martins, hoje – cinco anos depois – um dos melhores e mais confortáveis do Brasil.
O secretário Maia Júnior, que hoje está na Europa a convite do Banco Mundial para conhecer novas tecnologias de produção do Hidrogênio Verde, está cercado de executivos profissionais, cada um com domínio da área em que atua – energias renováveis, Hidrogênio Verde, agropecuária, indústria, Comércio, Porto do Pecém e ZPE – e cada um cumprindo a contento as suas tarefas.
Não há, na área de influência gerencial de Maia Júnior, indicados pela política e pelos políticos, pois neste ponto elegeu-se a meritocracia, melhor e mais sábia solução para a gestão de setores tão sensíveis (ponto para a governadora Izolda Cela, que manteve o trem nos trilhos).
Atrair novos investimentos – nacionais e internacionais – depende essencialmente da credibilidade do governo e de quem o comanda, é assim na democracia e, mais ainda, na economia de livre mercado nas cidades e no campo.
Como ainda não há uma resposta dos candidatos sobre o que farão e como farão na condução da política econômica do Estado do Ceará nos próximos quatro anos, permanece a dúvida no empresariado e, mais gravemente, nos executivos e acionistas das empresas que celebraram Memorandos de Entendimento para a construção de projetos destinados à produção de H2V no Complexo do Pecém.
MAIS INVESTIMENTOS NO GRAN MARQUISE
Decidiu o Grupo Marquise fazer novos investimentos em uma de suas empresas – o Hotel Gran Marquise, 5 estrelas localizado na Avenida Beira Mar de Fortaleza.
Um dos seus restaurantes, o Mangostim, será totalmente reformado. E dobrará de tamanho: passará de 44 para 82 lugares.
E mais: nele, tudo será novo: cozinha, utensílios, mobiliário, cardápio e carta de coquetéis. Para isso, foram contratados 4 consultores de São Paulo.
As obras começarão no dia 2 de janeiro e estarão prontas 45 dias depois.
Dionísio Barsi, diretor financeiro do Gran Marquise, disse à colna que seu hotel fechará este exercício de 2022 com resultado financero maior e melhor do que o obtido em 2014, ano da Copa do Mundo.