Cearenses irão representar o Brasil na 1ª Copa do Mundo de Amputadas

Através da dor as mulheres conseguiram com o esporte uma maneira de ressignificar a vida

Legenda: Cearenses irão representar o Brasil na 1ª Copa do Mundo de Amputadas
Foto: Arquivo pessoal

Um sonho para aliviar uma dor, esse é o sentimento de oito mulheres cearenses que perderam uma parte do corpo por consequência de um acidente e conseguiram ressignificar essa dor e hoje estão vivendo um sonho.

Uma delas é a Nilcicleide Ferreira Costa, aos 32 anos, sofreu um acidente de trânsito e teve a perna direita amputada na hora. Logo de início a dor e o impacto em ter que adaptar a vida, agora dependia de muletas. A história da Íris, como é conhecida entre os familiares entra em conexão com a da Jaque Pinheiro. Em 2003 ela sofreu um atropelamento quando aguardava um ônibus na parada, passou 4 anos em recuperação e descobriu que precisava amputar a perna, para salvar a vida.

Além da dor, adaptação à nova vida, as duas têm mais algo em comum: o esporte. A perda de um membro foi um trauma profundo, mas essas mulheres conseguiram transformar essa dor em força motriz para alcançar seus objetivos, e não foi qualquer objetivo, mas sim chegar a 1ª Copa do Mundo de Futebol de Amputadas.

O futebol foi uma ferramenta poderosa na recuperação física após o acidente envolvendo essas mulheres, além de ser um catalisador para o desenvolvimento da autoconfiança e do empoderamento feminino, ao superar os desafios físicos e emocionais relacionados ao acidente, elas experimentaram um sentimento de conquista em acreditar nas capacidades. 

Elas chegaram à Seleção Brasileira de Futebol de Amputadas, algo inédito no Brasil e o Ceará sendo representado na Colômbia, a competição acontecerá entre os dias 2 e 11 de novembro de 2024. 

Das 13 meninas convocadas para Seleção, 8 são cearenses da ADESUL, Associação de Deficiências Superando Limites, em quase 8 anos de atuação, o equipamento cresceu recebendo mais de 600 integrantes incentivando para a prática esportiva, entre elas o futebol de muletas.

Com muletas, gramado, formação de times,  essas mulheres ressignificaram a vida, uma adaptação para realizarem um sonho de serem paratletas.

Elas conseguiram. Chegaram na Seleção Brasileira e  vão representar o Brasil na 1ª Copa do Mundo de Futebol de Amputadas.

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