Após campeonato Brasileiro frustrante, futebol feminino do Ceará tenta se reestruturar

Confira a coluna desta sexta-feira (7)

Legenda: Jogadora Cris Karioca será uma das responsáveis pela reconstrução do Ceará feminino
Foto: Denise Santiago

Goleadas doloridas, repercussões nacionais e uma temporada na elite do futebol feminino, frustrante.

O ano de 2023 teria tudo para ter sido especial no projeto do futebol feminino. Após cinco anos buscando o acesso, o time teve seus planos interrompidos com a falta de recursos e investimentos gerados pelo péssimo desempenho do time masculino em 2022. Isso acabou respigando em todo o planejamento, enfraquecendo um time que fez história ao conquistar o único título brasileiro de futebol.

E o que aconteceu com o futebol feminino? Após a queda do masculino à Série B, a Diretoria teve que "enxugar" os gastos e as meninas campeãs não tiveram a oportunidade de desfrutar a elite. As garotas da base encararam a missão, a difícil missão de ter pela frente um Corinthians, Flamengo, Fluminense equipes estruturadas e já tradicionais. 

As meninas não podiam desistir, aliás, foi até cogitada essa possibilidade pela Diretoria, que também passou por um momento turbulento no início da temporada, mas "aos trancos e barrancos" elas seguiram. 

E agora? Como se reerguer após vexames? Muitas com sonhos e às vezes em meio às "nuvens", pode até aparecer um dia ensolarado, como foi o caso da Maria Fernanda. 

Mesmo com adversárias difíceis, a zagueira mostrou competência no Brasileiro e a resposta (que serviu também de consolo) foi convocação para a seleção brasileira feminina sub-17. A atleta se prepara para vestir a camisa da amarelinha pela primeira vez.

Garotas experientes também fizeram parte do elenco nesta temporada, Cris Carioca volante com passagens  por Palmeiras, Botafogo, São Paulo e futebol internacional ( Malabo Kings, de Guiné Equatorial) aceitou a missão de vestir a camisa do Ceará após a goleada de 14 a 0. 
Atleta sabia que seria difícil e o final da história na tão sonhada Série A1, não poderia ser outra: rebaixamento.

"Depois que eu tive malária achei que não ia voltar ao campo, apareceu a oportunidade de estar aqui no Ceará. Foi difícil. Chegou um momento que eu disse: Não vamos aceitar mais goleadas. Todo mundo chegava pra jogar achando que ia "dar" na gente. As pessoas não tinham mais respeito pelo Ceará. No final, não conseguimos acesso, mas também conseguimos finalizar "segurando" mais o placar', ressalta Cris Carioca.

Sobre Futuro

Ceará terá pela frente o campeonato estadual, ainda não se sabe como a equipe vai se reestruturar para competição. Essa semana, a diretoria demitiu o técnico David Lopes e trabalha para contratar outro comandante.

"A gente tá parado, eles deram um período de folga pra gente, sobre planejamento não sei, eu creio que eles estejam se programando, querer ganhar o estadual é obrigação. Não conheço os times que estão no cearense, mas a gente vai atropelar todo mundo. Vamos ser campeões", finaliza Cris.

Acompanhe a entrevista completa com Cris Karioca