É verdade que o futebol jogado pelo Fortaleza, em 2022, não tem aquela sintonia do ano passado. E será que precisa ter?
Em 2021, o time de Vojvoda encantou. Vencia e convencia. "Jogava por música" na maioria dos jogos.
Mas, o foco da coluna de hoje é ilustrar como "tudo que era possível", que estava ao alcance pelo nível da equipe, foi conquistado.
Eu vejo nesse grupo treinado pelo técnico argentino, um "time de chegada". O time da "hora H".
Até oscila em jogos mais "fáceis", tropeça quando não deveria, mas no momento que é preciso passar de fase ou levantar uma taça, mesmo sem um futebol brilhante, o objetivo é alcançado.
Vejamos bem o desempenho em tudo que disputou:
Campeão de tudo que "dava pra chegar". E nas competições nacionais, indo o mais longe possível, além até, do que se cobrava e imaginava.
Então, até que me prove o contrário (que houve uma espécie de queda de rendimento clara, e não mudança de estilo de jogo) eu não tenho cobrado a plasticidade que tanto gostamos.
Pode ser, inclusive, que não voltemos a ver. O que o Fortaleza fez na temporada passada foi um ponto fora da curva que acabou elevando demais o seu próprio "sarrafo". Repetir será muito complicado e até improvável.
Quero sempre ver jogo bonito. Já publiquei aqui mesmo, que não sou do time "futebol raíz". Gosto de qualidade.
Mas, enquanto esse elenco e o trabalho de Vojvoda continuar atingindo todos os objetivos traçados, não tenho como criticar.
*Vide o Palmeiras de Abel Ferreira (melhor técnico que trabalhou no Brasil nos últimos 10 anos, pelo menos, na minha visão) que chega em tudo que disputa, e ainda existe quem cobre "mais futebol".
O torcedor quer ver taça. Quer ver um time competitivo. E, nesse aspecto, não se pode cobrar do único invicto da Série A, em 2022.