É preciso dar o nome correto aos acontecimentos. O atentado de torcedores organizados do Sport contra a delegação do Fortaleza se chama tentativa de homicídio. E é algo que não pode ser minimizado nem tratado com indignação de nota de repúdio. Exige ações práticas firmes.
Este episódio não pode ser "mais um". O que temos presenciado no Brasil é uma escalada voraz no nível de barbárie praticada por criminosos travestidos de torcedores.
É preciso colocar um fim na licença para se praticar crimes utilizando o futebol como plano de fundo. Se um grupo de indivíduos cercar um ônibus em qualquer lugar do Brasil, arremessando pedras e bombas, estes elementos serão presos por, no mínimo, três crimes: formação de quadrilha, prática de atos terroristas e tentativa de homicídio.
Por que, no futebol, se há uma relativização? Se tenta justificar um erro com outros erros. "Ah, mas isso já aconteceu antes...".
Seis profissionais, pais de família, saíram de casa, deixaram suas famílias, foram trabalhar, JOGANDO FUTEBOL, e voltaram com ferimentos e escoriações. E poderia ter sido uma tragédia bem pior.
É preciso dar uma resposta firme. Esses torcedores vagabundos devem ser identificados e presos.
Este não é o primeiro caso de violência protagonizado por torcedores organizados do Sport. Mas, certamente, é o mais grave deles. Quase houve homicídio de um atleta!
Eles são reincidentes. E a cada episódio, vai ficando pior. É preciso punir severamente.
É óbvio que os CPF's devem ser punidos. É preciso investigar, identificar e prender os criminosos. O que houve foi TENTATIVA DE HOMICÍDIO.
Isto não quer dizer que o CNPJ não deva, também, ser responsabilizado. Esta mesma organizada do Sport já protagonizou diversos absurdos e o que houve na prática, fora nota de repúdio?
Quando houver também punição esportiva efetiva, com consequências práticas, os clubes vão se mobilizar muito mais.
E aí não se trata só sobre o Sport. É de maneira geral. Uma hora, um clube TERÁ QUE SER RESPONSABILIZADO. Não se pode justificar uma impunidade com outras.
De um jeito ou de outro, o protesto precisa sair da lamentação e virar severa punição. Caso contrário, vai piorar.
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