Ceará sai do clássico com as melhores chances e sem perder; Fortaleza ataca pouco e segue sem vencer
O Ceará, que não perdeu nenhum Clássico-Rei no ano, chega aos 6 jogos de invencibilidade. Já o Fortaleza acumula agora 4 partidas sem vencer e segue sem ganhar do maior rival em 2024
O empate em 0 a 0 acabou traduzindo o equilíbrio entre Fortaleza e Ceará no primeiro jogo da final do Campeonato Cearense. Tudo igual para o jogo de volta, no sábado que vem (6), mas o resultado é encarado de maneira diferente pelas duas equipes.
Peso do Empate
O Ceará, que não perdeu nenhum Clássico-Rei no ano, sai deste duelo tendo as melhores oportunidades para vencer, chega aos 6 jogos de invencibilidade e vai ter uma semana livre para focar e trabalhar visando exclusivamente o jogo de volta.
Já o Fortaleza acumula agora 4 partidas sem vencer, segue sem ganhar nenhum clássico em 2024 e vai precisar dividir atenções com a estreia na Copa Sul-Americana, quarta-feira (3), contra o Sportivo Trinidense, no Paraguai, com uma viagem de logística complicada.
Por esse contexto, o resultado pode ser encarado de maneira mais leve pelo Alvinegro. As entrevistas dos dois treinadores deixam isso claro. Enquanto Mancini valorizou a maturidade do time no empate do lado do Ceará, do lado do Fortaleza, Vojvoda se mostrou insatisfeito.
Mas vitória simples de qualquer lado vale o título no sábado que vem e está absolutamente tudo em aberto!
O Jogo
Jogo que foi muito concentrado no meio de campo e nem teve muitas emoções ou oportunidades de gol. Os sistemas defensivos prevaleceram. Mas que, dentro da proposta de cada time, o Ceará teve mais sucesso.
Conseguiu se defender muito bem, pouco foi ameaçado e teve as chances mais perigosas de gol, com Aylon, Erick Pulga e, principalmente, Saulo Mineiro, naquela que foi a bola do jogo.
Destaque para a consistência do setor defensivo e atuação da dupla de zaga - Ramon Menezes, para este colunista, foi o melhor em campo, e Matheus Felipe também foi muito seguro. O goleiro Richard mal trabalhou.
O Fortaleza teve muitas dificuldades criativas. Isso passa muito pela estrutura de jogo montada - 3 zagueiros e 3 volantes, embora Hércules tenha atuado mais como um meia de ofício - mas, também, pela partida abaixo dos atacantes.
Moisés foi muito mal (tanto é que saiu no intervalo), Lucero esteve apagado, Pikachu e Galhardo, quando entraram, não acrescentaram algo diferente, Pochettino foi discreto, Calebe nem conta (passou 6 minutos em campo), e o único que participou mais foi Marinho.
No Tricolor, destaque para João Ricardo, que fez 3 boas defesas, além de Brítez - que venceu muitos duelos com Erick Pulga - e Hércules, voltando a jogar bem e mostrando que é um 'reforço' para 2024 depois de 8 meses parado.
