Veja sete motivos que não te deixam sair das dívidas

Legenda: Muitas pessoas enfrentam dificuldades para quitar suas dívidas, mesmo quando têm a intenção de resolver seus problemas financeiros
Foto: Shutterstock

Se você sente que está constantemente preso em um ciclo interminável de dívidas, sem nunca conseguir se livrar delas completamente, saiba que não está sozinho.

Muitas pessoas enfrentam dificuldades para quitar suas dívidas, mesmo quando têm a intenção de resolver seus problemas financeiros. A principal razão? Hábitos e comportamentos profundamente enraizados que acabam sabotando o progresso.

Aqui, vamos explorar esses comportamentos e hábitos, além de oferecer dicas práticas para mudar sua mentalidade e começar a pagar suas dívidas de forma mais eficiente.

Quando percebemos que o endividamento das famílias brasileiras está em 78,8% e que 29,5% das famílias está com contas atrasadas, torna-se fundamental entender como podemos sair desta ciranda. Então, preste atenção nos motivos por que você não consegue sair das dívidas.

Veja também

1. Negligenciar o Planejamento Financeiro

Um dos principais fatores que impedem as pessoas de se livrarem das dívidas é a ausência de um planejamento financeiro sólido. Sem um plano, fica fácil perder o controle sobre quanto dinheiro entra e sai, resultando no acúmulo de ainda mais dívidas.

Saída: Elabore um orçamento detalhado que inclua todas as suas despesas e receitas. Utilize aplicativos de finanças pessoais ou planilhas para organizar suas finanças e monitorar seus gastos em tempo real. O primeiro passo para sair do buraco é ter clareza sobre sua situação atual.

2. Gastar Mais do que ganha

Pode parecer evidente, mas gastar mais do que se ganha é uma armadilha frequente e, muitas vezes, difícil de perceber. Esse problema surge, em grande parte, do uso excessivo do crédito, como cartões e empréstimos, que criam uma ilusão de capacidade financeira.

Saída: Para reverter esse padrão, é essencial aprender a viver dentro de suas limitações. Realize uma avaliação sincera dos seus gastos e identifique áreas onde é possível economizar. Diminua o uso do crédito e priorize compras à vista. Se você não possui dinheiro suficiente para adquirir algo, é provável que não deva comprá-lo naquele momento.

3. Falta de controle emocional

O consumo por impulso, também conhecido como gasto emocional, é um fator recorrente que dificulta a saída das dívidas. Comprar para aliviar sentimentos ou preencher lacunas emocionais gera um ciclo nocivo, onde as obrigações financeiras aumentam, acompanhadas de culpa e ansiedade.

Saída: A solução para isso é cultivar o autocontrole e a consciência nas compras. Antes de realizar uma aquisição, questione-se: "Eu realmente preciso disso?" ou "Esse gasto está alinhado com meus objetivos financeiros?". Uma estratégia eficaz é postergar a compra por 24 horas, permitindo que você avalie se o desejo realmente persiste ou se foi apenas uma reação impulsiva.

4. Medo de enfrentar dívidas

Muitas pessoas preferem ignorar suas dívidas, acreditando que o problema é muito grande para ser resolvido ou temendo enfrentar sua realidade financeira. No entanto, essa procrastinação apenas agrava a situação, uma vez que os juros e penalidades continuam a se acumular.

Saída: A solução é encarar suas dívidas de forma proativa. Comece listando todas elas, incluindo informações como valor total, taxas de juros e prazos de pagamento. Você pode optar por quitar primeiro as dívidas com os juros mais altos (método avalanche) ou começar pelas menores, o que pode proporcionar um impulso motivacional ao ver resultados mais rápidos (método bola de neve). O essencial é desenvolver uma estratégia e mantê-la com disciplina.

5. Falta de visão longo prazo

Um comportamento frequente é a propensão a priorizar o curto prazo, levando as pessoas a optarem por gratificações imediatas em vez de se planejarem para o futuro. Essa mentalidade dificulta a criação de uma reserva de emergência e a prevenção de novas dívidas.

Saída: A solução reside na transformação dessa perspectiva: mudar o foco do curto para o longo prazo é essencial. Comece a construir uma

reserva de emergência, mesmo que seja em pequenas quantias no início. Defina metas financeiras de médio e longo prazo que orientem suas decisões diárias. Lembre-se: cada pequena ação que você toma hoje pode ter um grande impacto no seu futuro.

6. Não poupar

A prática de poupar ainda é uma realidade distante para muitos, o que gera uma escassez de recursos para lidar com imprevistos. Quando situações inesperadas surgem — como uma emergência médica ou a necessidade de consertar o carro — a solução imediata muitas vezes se traduz em aumentar as dívidas.

Saída: A chave para mudar essa situação é adotar o hábito de economizar, mesmo que o valor seja pequeno. Defina um percentual fixo do seu salário ou renda que será automaticamente destinado a uma conta poupança ou a um investimento seguro. Esse montante se tornará um importante recurso para enfrentar futuras emergências, evitando a necessidade de recorrer a empréstimos ou crédito.

7. Ignorar a Educação Financeira

Muitas pessoas enfrentam dificuldades financeiras devido à falta de habilidades para gerenciar seu dinheiro de maneira eficiente. A ausência de educação financeira pode resultar em decisões prejudiciais, como a contratação de empréstimos com juros elevados ou a desconsideração da importância de quitar integralmente a fatura do cartão de crédito.

Saída: A solução está em buscar conhecimento sobre finanças pessoais. Há uma variedade de cursos gratuitos, vídeos no YouTube e livros disponíveis sobre o tema. Quanto mais você aprender sobre como o dinheiro funciona, mais preparado estará para tomar decisões informadas e evitar as armadilhas financeiras.

Pensem nisso! Até a próxima.

Ana Alves
@anima.consult
emaildaanaalves@yahoo.com.br
Economista, Consultora, Professora e Palestrante

*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.

Este conteúdo é útil para você?


Assuntos Relacionados