Nascemos, curtimos a infância, vivemos a adolescência e chegamos à fase adulta. Na maioria das vezes, não construímos relações responsáveis com o dinheiro, principalmente, porque nunca nos ensinaram a lidar com ele.
Vivemos com os pais, sem dar muita importância ao valor do dinheiro, e amadurecemos em relação a esse aspecto quando começamos a ter o “nosso próprio salário”. Porém, com a fase adulta, também chegam várias responsabilidades e começamos uma vida de ansiedade excessiva. E o que é essa ansiedade? De onde vem? Como melhorar?
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Ansiedade é a reação que temos a um momento de perigo, onde nosso corpo se prepara para lutar ou fugir, essencial no desenvolvimento da civilização. Na modernidade, no entanto, estamos tendo “transtorno de ansiedade”, pois ficamos sempre antevendo situações e problemas que nem ocorreram ainda, mas nos afligimos sempre e nunca estamos no momento presente de nossas vidas.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que já são mais de 350 milhões de pessoas, de todas as idades, que sofrem com a doença. O Brasil assume o ranking da ansiedade, com 18,6 milhões de pessoas com o transtorno, o que é um número preocupante, gerando problemas na nossa saúde de fato.
A ansiedade pode ter um impacto significativo nas finanças pessoais de uma pessoa. Quando uma pessoa está ansiosa, ela pode ter dificuldade em tomar decisões financeiras racionais e pode se sentir tentada a gastar dinheiro em coisas que não precisam, as chamadas compras por impulso.
Além disso, a ansiedade pode levar uma pessoa a evitar lidar com suas finanças, como evitar abrir cartas de cobrança ou não verificar o saldo da conta bancária.
A ansiedade também pode levar a comportamentos inadequados, como o uso excessivo de cartões de crédito ou o endividamento excessivo. Isso pode levar a problemas financeiros, como juros altos, atrasos no pagamento de contas e dívidas crescentes.
A falta de dinheiro, por sua vez, pode afetar significativamente a nossa saúde mental de várias maneiras, como:
Portanto, é importante que as pessoas que sofrem de ansiedade aprendam a gerenciá-la para evitar impactos negativos em suas finanças pessoais.
Isso pode incluir buscar ajuda profissional, como terapia ou aconselhamento financeiro, bem como a prática de técnicas de gestão de estresse e a criação de um plano financeiro realista.
Você pode superar a estatística e se tornar menos ansioso. Na próxima semana, trataremos a fundo sobre as medidas necessárias para você reverter este quadro. Me aguardem.
Ana Alves
@anima.consult
Economista, consultora, professora e palestrante
*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.