Honestamente, há um assunto urgente que precisa ser discutido. Sim, o despautério de William Bonner em aparecer, desavisadamente, de barba para apresentar o Jornal Nacional.
Sr. Bonner, acredito que seja de sumária urgência informar que não é de bom tom surgir assim, absolutamente sexy, em um momento delicado como este que estamos passando.
Há mais de um ano estamos em um vai e vem de de tranca-flexibiliza-tranca-abre aos poucos-fecha-volta, e não do jeito bom. Nisso, a libido vira uma peça de tabuleiro daquela difícil de chegar. Ou, tal hora, perdeu-se no caminho do excesso de horas divididas com companheiro (a), ou entrou em ebulição na falta de um enrosco.
Aí me vem, em horário nobre, o senhor brincar com a nossa cara e exibir assim, deliberadamente, uma barba grisalha perfeitamente desenhada pelo rosto. Faça-me o favor, tem necessidade disso?
Em entrevista, Bonner disse que depois de tantos anos resolveu, de uma hora pra outra, que não haveria problemas aparecer de barba em seu trabalho. Que isso não o tiraria a credibilidade. Que todos já o conhecem e que ouviriam o que tem a dizer independente dos pelos no rosto. Hei de concordar.
Inclusive adoraria que a mesma regra se valesse para as colegas de bancada que resolvessem deixar os cabelos naturais ou usar menos maquiagem. Mas esse assunto trataremos depois.
É que o papo aqui é outro! A conversa que urge necessária é a de que se for pra acrescentar um ar intelectual sexy e deixar de lado o almofadinha cansado, é preciso, no mínimo, avisar. Ninguém estava pronto para um desatino assim.
Então, senhor William Bonner, não me deseje uma “boa noite” se for pra aparecer com essa imagem e nos condenar a sonhos, digamos, intranquilos.
(Esse texto contém toques de ironia e humor. Não o leve a sério)