O goleiro Bruno Fernandes foi condenado a pagar uma indenização de R$ 650 mil ao filho que teve com Eliza Samudio, assassinada pelo ex-jogador em 2010. A decisão da Justiça do Mato Grosso do Sul foi divulgada nesta quinta-feira (27).
Bruninho, de 12 anos, é representado no processo pela avó materna, Sônia Moura, com quem vive. Eles haviam pedido indenização por danos morais e materiais no valor de R$ 6 milhões.
A decisão do juiz Deni Luis Dalla Riva, da 6ª Vara Cível da Comarca de Campo Grande, aponta que Bruninho foi submetido a situação de extrema violência, segundo o portal UOL.
"É preciso considerar que além da própria conduta que culminou no assassinato de sua genitora, o autor [Bruninho] igualmente foi submetido a situação de extremada violência, especialmente porque igualmente sequestrado e mantido em cativeiro juntamente com Eliza Silva Samudio, presenciando, mesmo em tenra idade, a toda sorte de sofrimento físico e psicológico que foi imposto a esta", diz a decisão.
Bruno foi condenado a pagar R$ 150.960,00 por danos materiais e R$ 500 mil por danos morais.
Processo por danos morais
Bruninho e Sônia buscam reparação pelo assassinato de Eliza e registraram o processo em setembro. Nos autos do processo, há pedido de pagamento mensal de pensão até que ele complete 25 anos, em um valor a ser definido pela Justiça, e indenização por danos morais e materiais de R$6,4 milhões.
A defesa do ex-jogador Bruno argumentou que o valor reivindicado seria muito alto para o atual momento de vida dele. O advogado havia requisitado a tutela antecipada para impedir penhoras de bens, mas o pedido foi negado.
Recentemente, Sônia entrou com um pedido de prisão contra Bruno por ele não pagar a pensão alimentícia ao filho, chegando a uma dívida de R$ 90 mil. A defesa de Sônia e Bruninho afirmou que o criminoso fez uma "vaquinha" online para tentar adquirir o valor.
Relembre o caso do goleiro Bruno
Bruno foi condenado a 22 anos e três meses pelos crimes de assassinato e ocultação do cadáver de Elisa, e também pelo sequestro e cárcere privado do filho, recém-nascido à época do crime. A condenação ocorreu em 2013.
Durante a investigação, o primo do jogador revelou que a vítima havia sido esquartejada e as partes do corpo dela foram dadas para cachorros comerem.