'Respirar doía': Waldonys detalha queda de paraquedas e comemora a sorte de estar bem

Cantor concedeu entrevista à Rádio Verdes Mares neste domingo (2), um dia após o acidente no bairro Siqueira

Legenda: Artista celebra o fato de não precisar de cirurgia nem de ter sofrido mais devido ao impacto da queda do paraquedas
Foto: Divulgação

Um dia após cair de paraquedas e sofrer uma fratura na região tóraco-lombar, o cantor e sanfoneiro Waldonys, 50, contou detalhes sobre o ocorrido. A entrevista foi concedida na manhã deste domingo (2) ao jornalista Tom Barros, na Rádio Verdes Mares e TV Diário.

Segundo o artista, apesar do susto que todos sentiram pelo acontecimento, o maior foi o dele. "O paraquedismo é um esporte que envolve risco – logicamente controlado, mas sabemos disso".

Ele conta ter passado no Aeródromo Feijó simplesmente para dobrar o paraquedas. No entanto, o convidaram para fazer uma chamada para a campanha Outubro Rosa durante um voo. "Aceitei fazer".

Apesar das condições de vento não muito favoráveis – estava ventando muito no local, sobretudo ventos de rajada, responsáveis por darem uma espécie de "chicotada" no ar – o cantor subiu com o objetivo de atingir a altura de 10 mil pés. Na altura dos seis mil, gravou um vídeo e publicou nas redes sociais. 

"O salto ocorreu normal, queda livre, controlei o paraquedas e ele abriu. O problema é que, devido ao vento não estar muito favorável, quando fui me aproximando para o pouso fui pego de surpresa por uma rajada muito violenta. Faltou sustentação, deu um vácuo. Eu não tinha mais altura e nem dava pra fazer muita coisa. O paraquedas me jogou no chão".
Waldonys
Cantor e sanfoneiro

O impacto, descreve, "foi muito forte", mesmo após ter feito procedimentos para salvaguardar o corpo. "Era uma dor muito grande. Respirar doía. Graças a Deus não fiz curva à baixa altura; se tivesse feito, o dano teria sido muito maior, algo até fatal".

Apoio

Totalmente paralisado após o instante da queda, Waldonys pediu para que não tocassem nele. Com o tempo, porém, mediante ajuda de socorristas e outros paraquedistas, conseguiu sair do lugar onde estava. 

Ele caiu na lateral da pista de pouso, onde antes havia tido queimadas. Por conta da dor, o sanfoneiro ora apagava, ora voltava a recuperar os sentidos.

"Ainda consegui ligar para a minha filha, Lívia, na hora, para tranquilizá-la e pedir pra ela ir pro IJF. Chegando lá, os médicos estavam preocupados porque, com a rápida desaceleração, poderia ocorrer uma hemorragia interna ou algo do tipo. Mas, graças a Deus, tudo normal".

Legenda: Apesar das condições de vento não muito favoráveis, cantor subiu com o objetivo de atingir a altura de 10 mil pés; na altura dos seis mil, gravou um vídeo para as redes sociais
Foto: Reprodução/instagram

Não precisou de cirurgia

O artista celebrou também o fato de não precisar de cirurgia nem ter sofrido mais devido ao impacto da queda. "Eu dividi a pancada, então não tive fraturas nos membros inferiores. Mas hoje estou todo doído. É como se eu tivesse levado uma surra de pau ontem. Em alguns momentos, inclusive, na hora da queda, minha perna ficou dormente".

Devoto de Santa Dulce dos Pobres, Waldonys atribuiu a ela a proteção no instante do acidente. "Uso uma pulseirinha dela, e essa pulseira quebrou no momento. Mas eu fiquei dizendo que estava com ela ali. A pulseira quebrou, mas ela não me abandonou".

Ainda sem previsão de retornar aos palcos, agora o cantor passará por tratamento conservador e aguardará melhoras.

Queda do cantor Waldonys 

A queda de paraquedas sofrida por Waldonys aconteceu neste sábado (1º), em Fortaleza, no Aeródromo Feijó, bairro Siqueira. As primeiras informações sobre o acidente foram repassadas por Lívia Moreno, filha do artista. Na ocasião, ele havia sido levado ao Instituto Doutor José Frota (IJF) por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e passou por exames. 

Após resultados, ele fará tratamento moderado. Os exames concluíram que o sanfoneiro sofreu uma fratura na região tóraco-lombar (T12-L1), sem comprometimento medular. Não há risco de paralisia e ele não precisará operar.

Em vídeo, Lívia Moreno ainda destacou que ele precisará de repouso, ficará usando uma cinta por bastante tempo e receberá analgesia na região atingida pelo acidente – uma vez que, nos próximos dias, sentirá muita dor.

"Mas ele está bem, até fazendo brincadeira, perguntando quando vai poder saltar de novo. Realmente agradeço pelas mensagens, por toda a preocupação. Isso faz toda a diferença".