Brasil ultrapassa 11 mil casos e 486 óbitos causados pela Covid-19

O primeiro paciente com infecção causada pelo novo coronavírus foi confirmado a 40 dias, em São Paulo. Agora, apenas os Estados do Acre e Tocantins seguem sem registros de óbitos até o momento

Escrito por Redação ,
Legenda: Em São Paulo, espaços públicos são desinfetados como forma de tentar barrar a expansão da doença
Foto: Foto: AFP

O Ministério da Saúde informou neste domingo (5) que o País chegou a 11.130 casos de pessoas contaminadas e 486 mortes pelo coronavírus. A taxa de mortalidade está em 4,4%, ou seja, entre cada 100 pessoas contaminadas, quatro morrem. 

Em apenas 24 horas, foram registrados 852 novos casos em todo o País e 54 mortes. Apenas os Estados do Acre e Tocantins seguem sem registros de óbitos até o momento.

O Estado de São Paulo ainda concentra o maior número de casos (4.620) e também o maior número de mortes (275). Todas as regiões, no entanto, apresentaram aumento no número de casos. Em relação às mortes, apenas o Centro-Oeste não teve aumento, permanecendo com 12 óbitos.

O grupo de pessoas com 60 anos ou mais concentra a maior parte, com 312 (86%). As mortes de pessoas entre 40 e 59 anos somam 54. Além disso, 20 pacientes com idades entre 20 e 39 anos morreram.

Projeção

O Ministério da Saúde tem evitado fazer projeções públicas sobre quantas pessoas já devem estar contaminadas pela Covid-19, tampouco divulga cenários sobre o número de pessoas que poderão ser contaminadas ou morrerão pela doença. É sabido, porém, que as pesquisas apontam um grau de subnotificações de oito, nove vezes para cada caso oficialmente divulgado. 

Nesta semana, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que o Governo Federal tinha a expectativa de que os números não ultrapassassem a marca de 100 mil contaminações do País e que o Governo “fará de tudo para que isso não ocorra”.

São Paulo

Em São Paulo, porém, Estado que centraliza cerca de 40% dos casos de todo o Brasil, o cenário traçado é extremamente crítico. Neste momento, são 99 cidades no Estado paulista com registros de pelo menos um caso da doença.

O Governo de São Paulo projeta 220 mil casos do novo coronavírus nos próximos meses. Para tentar enfrentar a pandemia, o Governo Estadual prepara um pedido de empréstimo de US$ 100 milhões (mais de R$ 500 milhões) ao Banco Mundial.

O eixo principal do projeto é a instalação e custeio de pelo menos 500 novos leitos de UTI. A ideia é usar o recurso também para compra de testes de diagnóstico, além de desenvolvimento de tecnologia de telemedicina e de aplicativos para dispositivos móveis.

Crescimento

No sábado (4), boletim divulgado pelo Ministério da Saúde já havia mostrado que os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e o Distrito Federal caminham rapidamente para uma situação alarmante de novos casos de coronavírus, um cenário que o próprio Ministério admite não ser capaz de prever.

Gabbardo disse que esses Estados vivem uma transição de fase em relação às contaminações, saindo de uma situação de “epidemia localizada” para uma fase de “aceleração descontrolada”. Questionado sobre o que isso significa, na prática, Gabbardo disse: “Teremos essas situações nesses locais, em que não conseguimos prever a dimensão das contaminações. É isso o que essa fase significa”, explicou.

Regiões

Na região Sudeste, o Rio de Janeiro, com 1.394 casos e 64 mortes; e São Paulo, com 4.620 casos e 275 mortes, se destacam. Na região Norte, o Amazonas concentra o maior número de casos, com 417, além de 14 mortes.

No Centro-Oeste, o Distrito Federal tem o maior número de casos, muito à frente dos demais, com 468 registros e sete mortes.

Os estados do Sul do Brasil apresentam um número mais parelho. O Paraná é o Estado da região com maior número, 438, e Santa Catarina é Estado com o menor: 357.

Nordeste

O Ceará continua sendo o Estado com o maior número de confirmações na região Nordeste. Outros estados como a Bahia e Pernambuco também preocupam o Ministério da Saúde. 

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