Pecém 18 anos: do Porto ao Complexo

Celebramos neste 28 de março os 18 anos de operação de um porto que atinge a maioridade num momento em que registra importante crescimento em suas operações.

A evolução não é à toa. O Pecém está instalado na "esquina do Atlântico". Ponto estratégico da América do Sul para navios reduzirem o tempo de viagem em direção aos principais portos do mundo.

Mas hoje, o Pecém é mais que um porto. Somos um Complexo, com Área Industrial, Porto e ZPE. Uma joint venture formada pelo Governo do Estado do Ceará (70%) e pelo Porto de Roterdã (30%). A sociedade com um player global veio para otimizar nossas operações, promover atração de investimentos e, claro, facilitar a captação de novas rotas.

Assim, o porto ganhou em 2019 uma nova conexão com o Mediterrâneo e o Oriente Médio para escoarmos a produção de frutas do nordeste. E é também para fora do Brasil que enviamos o granito e o manganês extraídos do Ceará. Foi ainda do Pecém que foram exportadas, ano passado, duas mil pás eólicas. Ou seja, crescemos no longo curso.

Mas evoluímos também na cabotagem. O Pecém fechou 2019 com seis linhas regulares, o segundo maior número de conexões entre portos brasileiros. Assim, a cabotagem contribuiu diretamente para registrarmos o melhor ano da nossa história: 18.100.767 de toneladas de cargas movimentadas.

Nossa operação também sempre prezou pelo meio ambiente. Ano passado, fomos um dos portos mais agraciados no Prêmio ANTAQ. Hoje, estamos entre os cinco portos brasileiros que mais respeitam o meio ambiente. Esse é um projeto que se consolida no Brasil como um centro de conexões (hub) de cargas marítimas.

Por isso, o governador Camilo Santana deve inaugurar neste ano a nossa segunda expansão para elevar a capacidade operacional do Pecém. Teremos o décimo berço de atracação; uma segunda ponte de acesso aos píeres; além de um novo portão conectado à Rodovia das Placas, que também será inaugurada para ligar diretamente o porto à Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

A CSP está localizada na ZPE Ceará, a única zona de processamento de exportação em funcionamento hoje no Brasil. Uma área de livre comércio com benefícios fiscais e liberdade cambial. E em breve implantaremos a ZPE II, para a atração de mais empresas.

Estamos trabalhando para tornar o Pecém o portão de entrada e saída das cargas do Norte e Nordeste. Por isso, deixo aqui minha gratidão aos profissionais das empresas instaladas no Complexo do Pecém.

E de modo especial, preciso agradecer ainda aos nossos trabalhadores portuários que enfrentam com profissionalismo esse momento tão desafiador para todos nós. É pelas mãos deles que chegam alimentos e remédios consumidos no Ceará e em outros estados. Sim, o porto não pode parar. Há 18 anos, o desenvolvimento do Ceará e a vida dos cearenses passam pelos nossos píeres. Vida longa ao Pecém.

Danilo Serpa

CEO do Complexo do Pecém


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