Impressionismo e expressionismo

No último fim de semana, ao pôr em ordem os meus livros, tive a alegria de apreciar pinturas e ler textos constantes de coleções adquiridas há algum tempo. Deparei-me com trabalhos fantásticos. Escolas, correntes, movimentos e doutrinas, bem como geniais pintores me levaram a momentos de rara emoção. Saliente-se, no entanto, que referidos movimentos não se restringiam à pintura, mas alcançaram também aspectos da literatura, da música, do teatro, da escultura, da filosofia, enfim, das manifestações culturais e intelectuais.

Vale lembrar que o romantismo opôs-se ao classicismo; o realismo foi de encontro ao romantismo e precedeu ao impressionismo que, por sua vez, possibilitou o surgimento do expressionismo, bem como serviu de transição para a arte moderna. Lembrei-me de visitas inesquecíveis feitas, principalmente, aos museus do Louvre, em Paris, do Prado, em Madrid, de Arte Moderna, em São Paulo, e à Galeria Nacional de Artes, em Washington. Estas casas de cultura incentivam que se façam reflexões sobre a vida, permitindo que as pessoas desenvolvam sentimentos como o amor e a solidariedade de forma consciente.

Apesar de várias correntes existentes, concentrei-me com mais detalhes no exame dos movimentos impressionista e expressionista. O primeiro, com origem no final do século XIX na França, caracterizou-se pelo interesse em efeitos de luz, não se preocupando com contornos e com tons sombrios, porém enaltecendo a alegria de viver. O segundo procurou mostrar não só os aspectos objetivos, mas as emoções subjetivas onde pensamentos e acontecimentos suscitam no artista. Foi iniciado na Alemanha, atingiu seu auge entre 1910 e 1920.

O impressionismo, segundo alguns críticos, embora mantendo temas do realismo, não se propôs a fazer denúncia social. Mostra paisagens urbanas e suburbanas, como o naturalismo. A diferença está na visão estética: os impressionistas manifestam o momento em que a ação está acontecendo, originando novas maneiras de captar a luz e as cores, dando grande importância à luz natural. Entre os exponentes do impressionismo, destacam-se: Monet, Manet, Renoir, Sisley, Degas e Pissarro. Nos quadros destes artistas são comuns cenas passadas em jardins, à beira do rio Sena, em cafés, teatros e festas. Ressaltaria Monet e Renoir como os principais integrantes do movimento e as telas “Manhã no Sena” (Monet) e “Rosa e Azul” (Renoir).

Já no expressionismo, não existe a preocupação com a beleza tradicional e as obras mostram um enfoque pessimista da vida. O artista muitas vezes dominado pela angústia e a dor, denuncia problemas sociais. O precursor do movimento foi o pintor holandês Van Gogh e, na minha visão, as telas “Os Girassóis” e “Noite de Verão” foram suas obras principais.

Professor e economista