A 'nova normalidade' e o consumo

Passamos por um momento singular da história humana. Os desdobramentos e as mutações sociais estão ocorrendo de forma acelerada. Mudanças que o mundo levaria décadas para passar, estão sendo implementadas em meses ou dias.

Os futuristas apontam o fim de uma era! A Covid-19 mudou nossas vidas. Entender essa nova realidade é se preparar para o futuro. Questionamentos os mais diversos estão inquietando a todos nós e as organizações. Por exemplo, como ou com que velocidade as empresas devem ou deverão responder e se adequar ao que virá daqui para a frente?

Um novo padrão de convívio social impõe-se. Precisamos começar a idealizar aquilo que vem sendo chamado de "novo normal", com novas práticas, condições e sujeitos.

Nesse novo ambiente, serviços como os de "restaurantes fantasmas", que funcionam só com delivery, entregas sem contato humano do tipo "deixe à minha porta", restrição do número de clientes e funcionários ao mesmo tempo nas lojas, deverão se tornar comuns no nosso dia a dia por um bom tempo.

E nesse "Admirável Mundo Novo", profetizado no livro de Aldous Huxley, sim, seremos, necessariamente, mais conectados do que nunca! O comércio eletrônico mostrou na prática a relação entre o "on e off", e passou de tendência a hábito.

Cabe, no entanto, algumas reflexões sobre a sustentabilidade desse canal de compra, principalmente, se considerarmos os novos usuários: a experiência é intuitiva? As compras são personalizadas? O sistema possui capacidade de entrega?

Não seria também a hora de tornar outras tendências praticáveis? Que tal os conceitos de compartilhamento, mutualização e lean and agile aplicados aos negócios e, principalmente, a logística? E se o modelo acompanhar pitadas da filosofia unbuntum, da tradição sul-africana, de empatia, humanidade para com os outros...Bingo! Bienvenu a "nova normalidade"!

Igor Pontes

Professor do curso de Logística da Faculdade CDL


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