Os primeiros sinais do governador eleito do Ceará, Elmano de Freitas
O petista começa a mostrar seu perfil para o Executivo
Camilo Santana (PT) cansou de dizer nos dois mandatos à frente do Palácio da Abolição que era o governador do diálogo. Elmano de Freitas (PT), eleito em outubro para comandar o Ceará nos próximos quatro anos, tem prometido o mesmo.
É verdade que o ainda deputado estadual soube pacificar ânimos na Assembleia Legislativa em várias oportunidades nos últimos oito anos. O desafio no Governo do Estado, no entanto, é ainda maior.
Nos últimos dias, Elmano convocou dirigentes de partidos aliados para ouvir prioridades para os primeiros 100 dias de governo. O governador eleito deixou claro que quer governar com participação e faz acenos para aproximar diversas áreas sociais.
Pontes
Além dos partidos, ele diz que vai ouvir a Central Única dos Trabalhadores, agricultores familiares, empresários, academia, etc. Uma espécie de agenda participativa para turbinar os primeiros dias de gestão.
"Eu acho que é muito importante a gente ter várias fontes de opiniões de como nós estamos nos comportando e aquilo que a gente pode melhorar", disse o petista.
Com a transição já iniciada, o anúncio do secretariado deverá ficar para a segunda quinzena de dezembro. É esperado, inclusive, que essa série de reuniões possa estabelecer pontes na sociedade civil e tirar dúvidas quanto aos indicados.
Afinal, não é nada bom começar com desgastes. Um tempo a mais de conversa não é ruim pra ninguém, principalmente quando muito desse diálogo precisa passar pelo legislativo.
Influências?
Falando em transição, o governador eleito indicou nomes próximos à deputada federal Luizianne Lins (PT) para participar dos trabalhos.
A parlamentar nunca esteve tão próxima do Governo como agora, com seu fiel aliado prestes a assumir a cadeira de governador.
Diante disso, qual será o tamanho da participação da ex-prefeita de Fortaleza na gestão estadual? A conferir. Eleita para o terceiro mandato, a deputada terá muito trabalho em Brasília.
Aliados?
O governador eleito preferiu não convidar o PDT para a reunião de dirigentes. Nas palavras dele, a decisão tinha como objetivo respeitar o tempo do partido que administra um processo interno logo após o resultado eleitoral.
Ainda afastado do petismo cearense, o deputado federal André Figueiredo (PDT) disse que o partido não participaria de evento sem convite – o que é natural. Resta saber quem vai convidar quem primeiro tendo em vista que 2024 está bem aí.