O Ceará vai eleger neste domingo (2) um(a) novo(a) senador(a) que vai representar o Estado pelos próximos oito anos. Essa cadeira pode ser ocupada por um homem ou por uma mulher, já que duas mulheres e dois homens concorrem a essa única vaga.
Entre as candidaturas estão Camilo Santana (PT), Kamila Cardoso (Avante), Erika Amorim (PSD) e Carlos Silva (PSTU). Como não há segundo turno para a escolha do Senado, o Ceará vai definir a nova vaga ainda neste domingo (2) independente dos percentuais.
Confira alguns destaques que marcou a corrida eleitoral para o Senado no Ceará.
FAVORITISMO
O ex-governador Camilo Santana (PT) foi apresentado pela classe política como favorito à vaga do Senado desde o ano passado. Enquanto já se especulava que o petista renunciaria ao comando do Palácio da Abolição para concorrer à cadeira deixada por Tasso Jereissati (PSDB), a oposição arrastou para o último momento a definição do nome.
Com articulação amadurecida com os prefeitos no Interior cearense por conta dos mais de sete anos de governo, Camilo saiu na frente na preferência do eleitor. Números da pesquisa Ipec Ceará mostraram o favoritismo desde o início de setembro.
No recorte de intenção de votos válidos, Camilo marcou entre 86% e 76% das indicações neste mês de setembro. A força petista no Estado, aliado ao apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não deu margem para preocupações – pelo menos antes da abertura das urnas.
OPOSIÇÃO
O nome de Kamila Cardoso (Avante) para integrar a chapa de Capitão Wagner (União) no Ceará foi anunciado no apagar das luzes. Outros concorrentes do PL – principal aliado do deputado federal – pressionavam para ocupar a indicação ao Senado.
Kamila, pessoa de confiança de Wagner, acabou ganhando o apoio interno para a disputa. A candidata reforçou ao longo da campanha que era um desafio de "Davi contra Golias" – admitindo a dificuldade contra o ex-governador.
Números da pesquisa Ipec, no entanto, indicaram um crescimento da candidatura durante toda a campanha. A candidata saiu de 7% para 20% em um mês. A identificação da imagem dela com a de Capitão Wagner pelo Ceará foi um dos destaques entre as candidaturas.
RUPTURA
O racha na aliança entre PT e PDT no Ceará causou uma indefinição do nome do Senado que seria lançado na chapa de Roberto Cláudio (PDT). O grupo indicou o empresário Amarílio Macedo (PSDB), mas a Justiça Eleitoral indeferiu a convenção dos tucanos que havia aprovado a coligação com o PDT.
Com o cenário de impedimento, o PDT anunciou a vereadora Enfermeira Ana Paula para a empreitada. A parlamentar, no entanto, renunciou dias depois, preferindo concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. O partido, então, fez a terceira escolha, dessa vez pelo nome de Erika Amorim.
Deputada estadual, Erika já havia anunciado a desistência de concorrer à reeleição. O convite de última hora recolocou a mulher mais votada de 2018 para a Assembleia Legislativa na briga por uma vaga no Legislativo.