Saída do Ferroviário do G4 é o fim da zona de conforto do clube

A campanha recente já era suficiente para um alerta para o clube, mas a saída do G4 é simbólica e não permite mais vacilos. Em muitas das rodadas que perdeu, o time coral permaneceu no G4 pelos resultados da rodada, gerando uma falsa tranquilidade por estar na zona de classificação

Legenda: o não fez uma boa partida e acabou derrotado em casa para o Treze, deixando o G4 da Série C
Foto: KID JUNIOR

O Ferroviário continua sua má fase na Série C e tem uma semana para esquecer. Os últimos 7 dias para o time coral foram de turbulência, começando na segunda-feira anterior ao perder para o Vila Nova/GO por 3 a 0 fora de casa, continuou na sexta-feira com as dispensas de 5 jogadores e se encerrou com mais uma derrota, agora por 1 a 0 para o Treze/PB, ontem, no Domingão, em Horizonte (CE), em jogo pela 13ª rodada.

Com o revés, o time coral chegou a 5ª derrota nos últimos 7 jogos, caindo perigosamente de rendimento restando 5 rodadas para o fim da 1ª Fase. E esta campanha recente fez o time coral estacionar nos 17 pontos, deixando o G4 pela 1ª vez após 13 rodadas. 

A campanha recente já era suficiente para um alerta para o clube, mas a saída do G4 é simbólica e não permite mais vacilos. Em muitas das rodadas que perdeu, o time coral permaneceu no G4 pelos resultados da rodada, gerando uma falsa tranquilidade por estar na zona de classificação para a 2ª Fase. 

Agora, a zona de conforto acabou e o clube terá uma pedreira na rodada seguinte, no dia 7, ao enfrentar o Manaus, fora de casa, às 17 horas, em confronto direto pelo G4, hoje com um ponto a mais.

Para o duelo, Marcelo Vilar terá uma semana para repensar conceitos, escalações e suas escolhas, já que o time não rende mais e o elenco está enfraquecido.

Mudanças
A preparação para o jogo de hoje já foi difícil, com a dispensa de 5 jogadores: o lateral-esquerdo Tiago Costa, o meia-atacante Wesley “Pimbinha”, o atacante Siloé, o volante Magno Sousa e zagueiro Olávio. A decisão partiu do técnico Marcelo Vilar, que foi atendido pela diretoria coral.

Para o jogo, as mudanças no time foram com jogadores que já vinham sendo frequentemente utilizados, para manter a estrutura do time, como William Machado, Caíque e Madson.

Mas o time coral novamente não funcionou. Em que pese o gramado ruim do Domingão, criar jogadas foi um drama para o Ferroviário.

Sem criatividade, o 1ºtempo foi muito ruim, exceto por duas chances criadas nos minutos finais, com André Mensalão e Vitão acertando a trave.

No 2º tempo, o time coral tentou colocar a bola no chão, por mais que ela não rolasse bem no gramado irregular. Assim, o futebol de Caíque começou a aparecer, e ele acertou o travessão ao 7 minutos.

Foi o Treze encaixou sua primeira boa jogada na partida inteira e marcou seu gol, aos 18 minutos, em clara falha da defesa coral: após cruzamento de Gustavo, Douglas Lima consegue um toque pro meio da área e encontra Neto Baiano, livre de marcação pra mandar para o gol.

A partir daí, o Peixe se perdeu em campo. Desorganizado, o time de Vilar não melhorou nem com as alterações, e tentou empatar na base da jogada aérea, pressionando até os 52 assim, mas sem sucesso, amargando a derrota.