Opinião: Mais do que controle do jogo, Fortaleza precisa ter eficiência

Leão foi derrotado pelo América/MG e perdeu sua invencibilidade na Série A

Legenda: O Fortaleza teve muita posse de bola, mas não soube criar e vencer o jogo

O Fortaleza era um dos últimos invictos da Série A ao lado do Palmeiras antes da 7ª rodada. A equipe vinha de 3 empates seguidos na elite em contextos diferentes - Corinthians jogando bem, e nem tanto contra São Paulo e Grêmio - e o desgaste dos jogadores preocupava.

E após a derrota para o Palmeiras na Copa do Brasil no meio de semana, o desempenho diante do América/MG, lanterna da Série A tinha tudo para ser melhor e a equipe voltar a vencer. Mas não aconteceu. 

Nem a atuação foi boa, nem a equipe venceu. Pior. A derrota por 2 a 1 no Independência contra um América ainda sem identidade e muito modificado por seu técnico - Mancini sacou Alê e Juninho, ótimos volantes pela má fase - mostrou que o Fortaleza não vive um bom momento.

Legenda: Leão teve mais de 72% de posse de bola, trocou mais de 700 passes, mas criou pouco pro volume de jogo
Foto: Matheus Amorim / Fortaleza EC

As falhas defensivas estão ocorrendo mais do que o normal - a logo com 2 minutos com Tinga resultou no gol do América - e a exposição no contra-ataque aos 33 minutos, o golaço de Felipe Azevedo.

Sem falar nas chances que o América criou na etapa final com Aloísio, que acertou a trave.

O sistema defensivo não funcionou e ficou exposto.

E o setor de frente?

O Fortaleza tinha um time que em tese, valorizaria a posse de bola. E a equipe fez isso, com Caio Alexandre, Pochettino e  Crispim em campo.

De acordo com os números do Sofascore, a equipe teve 72% de posse de bola, mas não conseguiu criar chances de gol. O time trocou 747 passes contra 288 do América e ainda assim não conseguiu criar para vencer o jogo.

Legenda: O Fortaleza não conseguiu ser agressivo no ataque e acabou derrotado pelo América
Foto: Matheus Amorim / Fortaleza EC

Das 16 tentativas a gol, apenas 6 foram no alvo, mas só três grandes chances: Além do gol, uma com Pochettino e outra com Lucero. Muito pouco para tanto volume de jogo.

Na frente, Lucero pouco foi acionado e Moisés esteve apagado. Quando entraram, Pikachu, Guilherme, Romarinho e Romero pouco fizeram.

Sequência foi difícil

A equipe de Vojvoda gosta da bola, de propor o jogo, seja dentro ou fora de casa. Mas se intensidade não for a experada, a equipe não funciona. Certamente o cansaço está batendo, mesmo com as mudanças feitas por Vojvoda.

Não era fácil enfrentar Corinthians (fora), São Paulo (casa), Grêmio (fora), Palmeiras (fora) e América (fora). O desgaste era natural e a equipe não vem jogando bem. Agora, com 4 jogos em casa seguidos (San Lorenzo, Vasco, Palmeiras e Bahia), quem sabe o Leão volte a mostrar o futebol que a torcida espera e conhece.

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