Pequenas empresas de Fortaleza deixam R$ 1,5 bilhão 'parado' sem investir, diz XP

Pesquisa mostra que 11 mil empresas na Capital estão perdendo para a inflação por não aplicar recursos

Legenda: Dinheiro parado prejudica ganhos das empresas
Foto: Shutterstock

Levantamento inédito da XP Investimentos, ao qual esta Coluna teve acesso com exclusividade, mostra que pequenas e médias empresas da Grande Fortaleza deixam parado o montante de R$ 1,5 bilhão, que poderia ser rentabilizado com aplicações financeiras.

Aponta a pesquisa que há 11 mil negócios locais — de diversos setores, como varejo, construção civil e bens de consumo — mantendo o dinheiro sem rendimento algum ou em aplicações de baixíssimo retorno. Assim, os empreendimentos deixam de ganhar, no total, R$ 156 milhões por ano.

Em todo o País, a XP entrevistou 900 PMEs e cruzou dados do Banco Central, Sebrae, IBGE, Anbima, entre outras fontes e concluiu que as pequenas empresas brasileiras têm aproximadamente R$ 1 trilhão em suas contas — saldo parado, aplicado em produtos de investimentos rendendo muito abaixo da inflação e da poupança ou transitando entre recebimentos e pagamentos.

Aplicações injetariam R$ 10 bi no caixa

Cálculos da XP apontam que essas empresas deixam de ganhar R$ 10 bilhões por mês ao não aportar os recursos em aplicações mais vantajosas.

Para a líder regional Norte/Nordeste da XP Inc. Larissa Falcão, o montante que resultaria de boas aplicações poderia auxiliar em gastos recorrentes dos estabelecimentos, como pagar salários e demais despesas, comprar insumos, amortizar dívidas e pagar juros.

"No contexto econômico atual, o saldo parado em conta ou mal investido, é sinônimo de dinheiro jogado fora. Guardar e investir de forma resiliente é imperativo para encarar 2022. Para quem não tem caixa excedente, criá-lo é vital", analisa a executiva.



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