Um passeio pelo basquete no lugar do futebol

Leia a coluna de Tom Barros

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Tom Barros producaodiario@svm.com.br
Legenda: Leia a coluna de Tom Barros.
Foto: Foto: Jag_cz/Shutterstock

Tive uma conversa agradável com o Alberto Bial no “Alma em Jogo”. A leveza de um encontro que juntou passado e presente, lembranças e relembranças. De Pelé a Pedro Luiz (notável narrador da Copa de 1958), de Waldonys a Tom Cavalcante. Com o seu jeito carinhoso, Alberto cativa mesmo. 

Certa vez, fui narrar um jogo de basquete entre cadeirantes no Ginásio Paulo Sarasate. Quando olhei, vi que não havia números no uniforme dos atletas. Chamei um rapaz que conhecia todo mundo. Sentou-se ao meu lado. Pedi que ele dissesse apenas o nome de quem pegasse na bola e deixasse o resto comigo. Assim foi feito.  

No ginásio, estava Alberto Bial. Eu ainda não o conhecia pessoalmente. Pedi que ele também ficasse ao meu lado para comentar. Alberto, muito solícito, atendeu-me. Fiz, no improviso, a narração pela TV Diário. Deu certo. São em momentos assim, de aperto, que descobrimos a solidariedade. Alberto é solidariedade pura. 

Tenho acompanhado o trabalho que Alberto Bial faz no basquete cearense. Um divisor de águas. O basquete aqui pode ser dividido em duas partes bem distintas: antes e depois do Alberto Bial. Show. 

Solidariedade 

Em 2006, no Centro de Imprensa da Copa da Alemanha, eu estava em dificuldades por não entender o que um alemão me dizia. À distância, Pedro Bial observava.  Espontaneamente, poliglota que é, Pedro Bial ofereceu-se para solucionar a questão. E assim o fez. Pedro, a exemplo de seu irmão Alberto, também é solidariedade pura. 

Amigos 

O esporte é para fazer amigos. Em Munique foi o Pedro Bial. Aqui, no Ginásio Paulo Sarasate, foi o Alberto Bial. Como é bonito o sentimento de quem quer sempre colaborar com alguém. Nesta parte, o berço é fundamental. A família Bial é assim: solidária e espontânea. Valeu, Alberto. Valeu, Pedro. 

Túnel do tempo 

Sempre que toco no assunto basquete, lembro dos momentos inesquecíveis da Seleção Brasileira, campeã mundial de 1959, no Chile, e bicampeã mundial, em 1963, no Maracanãzinho. O técnico Renan Soares, o Kanela, montou um timaço com Algodão, Waldemar, Wlamir, Edson Bispo e Amaury. Um espetáculo. 

Bicampeonato 

Em 1963, o bicampeonato mundial de basquete, no Maracanãzinho, confirmou o talento de jogadores notáveis. Juntaram-se aos campeões de 1959, novos nomes como Ubiratan, Rosa Branca, Mosquito e Vitor. Eu os conheci, quando, na época, a Seleção Brasileira cumpriu uma temporada amistosa em Fortaleza.  

Emoção forte 

Não sei bem a data, mas creio ter sido em 2015, houve uma visita do ídolo Wlamir Marques ao programa A Grande Jogada, comando pelo saudoso Sebastião Belmino. Que emoção foi receber Wlamir Marques, lenda do basquete brasileiro! Hoje só saudade: Belmino morreu em julho de 2024; Wlamir morreu em março de 2025. Faz três meses.

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