“Fecham-se as cortinas. Termina o espetáculo, torcida brasileira”. Era assim que o notável narrador Fiori Gigliotti encerrava as transmissões de futebol que ele comandava com extraordinário talento. Hoje, 31 de dezembro, termina 2022. “Fim de papo”, como disse o famoso narrador Jorge Cury ao deixar a Rádio Globo. O ano que se vai leva consigo tristezas e frustrações de um futebol que foi para vencer a Copa do Mundo no Qatar e voltou sem nada nas mãos. O ano, que se vai, levou consigo Edson Arantes do Nascimento, Pelé, o Rei do Futebol. Foram dois duros golpes na alma brasileira. No lugar das alegrias de uma conquista de título mundial, duas perdas e um funeral. A vida é assim mesmo. Nem sempre os planos dão certo. Importante é não desistir. É seguir acreditando nos sonhos. É seguir em busca da felicidade. O ano 2022 foi excelente para a Argentina. Foi excepcional para Lionel Messi. Tricampeã mundial, Buenos Aires viu a glória de Messi. Fizeram por onde merecer. Messi buscou com afinco e competência o título mundial de seleções que lhe faltava. Juntou-se a Maradona como ídolo imortal desse povo irmão. Cada um colheu o que plantou: alguns, lágrimas; outros, sorrisos.
Sorrisos
O Fortaleza promoveu a maior reviravolta na sua participação na Série A 2022. De lanterna, dado como rebaixado, a uma vaga na Libertadores. Termina o ano como tetracampeão cearense e campeão da Copa do Nordeste. Passou delicados momentos, mas soube, no momento certo, dar a volta por cima.
Lágrimas
O Ceará fechou um ano de seguidos insucessos. Não ganhou absolutamente nada. Incrível. No Campeonato Cearense, foi eliminado pelo Iguatu. Na Copa do Nordeste, foi eliminado pelo CRB. Na Copa do Brasil, eliminado pelo Fortaleza. Na Série A nacional, rebaixado para a Série B, segunda divisão do futebol brasileiro. Um ano para ser esquecido.
O melhor
O Palmeiras ganhou com muito mérito o título de campeão brasileiro 2022. O técnico português, Abel Ferreira, consolidou a sua posição como melhor técnico do certame. O Verdão colocou oito pontos de vantagem sobre o Internacional, vice-campeão. Destaque para Gustavo Scarpa, que fez um belo campeonato.
Erro grave
Não poderia ter havido pior cenário para a realização de uma Copa do Mundo do que o Qatar. Lá, as mulheres são submissas aos homens. Um absurdo. Preconceitos de toda ordem, principalmente uma homofobia radical. Como um país desse, com tanta discriminação, foi escolhido para ser sede de um avento de confraternização entre os povos? Só o dinheiro explica.
Espera
Agora é aguardar a chegada do ano novo. Queira Deus que seja melhor para o futebol brasileiro. Já são 20 anos de jejum em Copas do Mundo. Não sei se vão trazer técnico de fora para comandar a Seleção Brasileira. Não vejo necessidade disso. Mas, se trouxerem, que seja bem-vindo. Será um ano de muitos desafios. Que Deus nos proteja na nova jornada.
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