Tom Barros: uma pontinha de frustração na estreia brasileira

A vitória da Canarinho não veio diante da Suíça (1 x 1). Doeu. É normal uma certa decepção. Calma, gente. A Copa apenas começou. Não há motivo para desespero. A Seleção Brasileira ainda segue no rol das favoritas. A tensão da estreia geralmente não permite que o time mostre o que é capaz de fazer. Busco nesse fator a explicação para o rendimento apenas razoável do time de Tite. Ora, o próprio Tite demonstrou que sentiu a tensão da estreia, pois nem comemorou o gol do Brasil. No momento parecia atônito. Neymar e Marcelo ficaram devendo. Phillippe Coutinho, a exceção. Esse, sim, revelou-se seguro. O restante do grupo teve atuação discreta. A entrada de Fernandinho, Renato Augusto e Firmino não mudou o panorama. A Suíça é um time burocrático, mas que sabe perfeitamente o que fazer quando na posse da bola. Incomodou no segundo tempo, mas nada superior. Sua arma perigosa é quando ataca em velocidade. E fica nisso mesmo. As dificuldades são comuns em Copa do Mundo. Vejam a Argentina de Messi, Higuaín e Mascherano: não saiu do empate com a Islândia e Messi ainda perdeu um pênalti. Vejam a Alemanha. Mesmo com Neuer, Özil, Kross, Khedira e Muller quedou diante do vibrante e valente México. Quem brilhou foi Lozano, atacante mexicano, que jogou bem e fez o gol da emocionante vitória. Nestes primeiros jogos, sobraram surpresas. Dos chamados favoritos, o Brasil não ganhou. A Argentina não ganhou. A Espanha não ganhou. A Alemanha perdeu. Longe o tempo em que as seleções notáveis passavam por cima das seleções de médio porte. Hoje não é mais assim. Não julguem os adversários só pelo nome. Procurem o que eles representam no momento. O próximo jogo do Brasil será com a Costa Rica. Não olhem com desdém para este pequeno país da América Central. Lembrem-se de que, na Copa passada, aqui no Brasil, a Costa Rica ganhou do Uruguai (3 x 1), empatou com a Inglaterra (0 x 0), ganhou da Itália (1 x 0) e só foi eliminada nos pênaltis pela Holanda, após empatar (0 x 0) no tempo normal. Saiu da competição invicta. Quero crer que o técnico Tite, agora mais sereno, saberá levar seus comandados a superarem a falta de vitória na estreia. Não deixar o moral cair será fundamental. Um detalhe relevante: faltou à Seleção Brasileira um pouco da garra que vi nos mexicanos na bela vitória sobre a poderosa Alemanha.

Um detalhe relevante: faltou à Seleção Brasileira um pouco da garra que vi nos mexicanos na bela vitória sobre a poderosa Alemanha.