Nas edições anteriores a Taça Fares Lopes não alcançou a repercussão que a atual esta tento. Motivo simples: os grandes times não a prestigiavam. Havia notório desinteresse por parte de Ceará e Fortaleza. Assim, os demais participantes faziam a festa. Quem disso tirou o melhor proveito foi o Horizonte, que ganhou vaga na Copa do Brasil e inclusive encarou o Flamengo no Rio de Janeiro. Agora Ceará e Fortaleza chamam para si as atenções na Taça Fares Lopes. Já antevejo como será o jogo entre ambos, caso cheguem à decisão de vaga? Nesse caso, utilizarão os times principais? Jamais a Taça Fares Lopes ganhou tanto espaço como agora, em razão mesmo da disputa velada entre os dois maiores rivais.
Modelo
O modelo de disputa da Taça Fares Lopes é simples. Para a segunda fase (quartas de final) classificam-se quatro dos cinco clubes de cada chave. Assim já entra a fase mata-mata que eliminará quatro dos oito classificados. Ficam quatro para as semifinais. Daí sairão dois para a grande final. Será o clássico maior?
Vaga na Copa
Dizem que o Ceará entrou com time forte na Taça Fares Lopes com o objetivo de impedir que o Fortaleza ganhe vaga na Copa do Brasil. Mas para isso o Ceará teria de eliminar o Fortaleza nas quartas ou na semifinal. Se o Fortaleza for à decisão com o Ceará, a vaga tricolor já estará garantida (Art. 15, § 1º do regulamento).
Recordando
Década de 1940. Fortaleza x Bahia. Aí estão os dois times. O Fortaleza com uniforme tendo duas faixas diagonais. Da direita para a esquerda (em pé): o 1°é Jombrega, o 5º é Juju, o 10º é Torres. Agachado, na mesma ordem, o 1° é o atacante do Bahia, Pipiu, que depois foi campeão cearense pelo Ceará e Gentilândia. (Colaboração Nonato Holanda).
Retorno
O volante Raul está de volta ao time titular do Ceará. Jovem, voluntarioso, conduzido pelo elevado espírito de participação, é exemplo de dedicação à causa. Mas precisa dosar mais o ímpeto. Ser mais razão que coração. Mais fidelidade ao rigor tático pode evitar desgastes desnecessários.