Tom Barros: Últimos cinco jogos

Tenho observado as estatísticas sobre as chances do Ceará na luta pela ascensão. Citam quantas vitórias e pontos o Vozão precisa somar para subir. Em 2012, o último que entrou no G-4 foi o Vitória/BA, 71 pontos; em 2013 o Figueirense, 60; em 2014 o Avaí, 62; em 2015, o América/MG, 65; e em 2016, o Bahia, 63 pontos. Portanto, varia muito o número mínimo de pontos para chegar à Série A. Em 2012, 71 pontos; em 2013, apenas 60 pontos, ou seja, onze a menos que no ano anterior. Nas últimas cinco rodadas, quem mais venceu foi o Paraná: ganhou os cinco jogos que realizou (15 pontos). O Internacional venceu quatro dos cinco. O América, dois, dos cinco; o Vilna Nova, três, dos cinco; o Ceará venceu dois, dos cinco jogos.

71 pontos

Como expliquei, o número de pontos para subir varia, embora seja possível estabelecer uma média segura: nem os 71 pontos de 2012 nem os 60 pontos de 2013. Para se ter uma ideia da diferença, em 2010 o Curitiba foi campeão da Série B com 71 pontos. Em 2012, o Vitória foi o último do G-4 com 71 pontos.

Sem preocupação

Não me ligo muito nos cálculos. Prefiro estabelecer metas, independente da contagem numérica. Desvinculo uma coisa da outra. A ordem é ganhar aqui e lá fora. Gostei quando vi o Ceará encarar o Santa Cruz no Estádio do Arruda como se estivesse aqui no Castelão. O caminho é por aí. Depois faz as contas.

Recordando

Image-1-Artigo-2303654-1

Fortaleza campeão cearense juvenil de 1979. A partir da esquerda (em pé): Louro, Mário César, Nivardo, Ivan Frota, Iá, Neto e Moésio Gomes (treinador). Na mesma ordem (agachados): Vanor, Mano, Zé Meu, Átila e Alízio. Todos jogaram depois no time principal. Um timaço. (Colaboração do ex-jogador Átila, que hoje mora em Paracuru).

Medo de cair

O adversário do Ceará, logo mais, está pendurado. Apenas dois pontos separam o Luverdense da zona de rebaixamento. O medo de cair levará o Luverdense a uma luta maior. Daí a previsível dificuldade que terá o Ceará. Esses times próximos da zona maldita são terríveis. Passam a jogar tudo para escapar.

Vitória

Para se ter uma ideia da luta do Luverdense para não ser rebaixado, basta ver o que fez na rodada passada: ganhou do Brasil de Pelotas dentro do Estádio Bento de Freitas. Assim faturou os três pontos que lhe deram uma margem de dois pontos sobre o primeiro da zona maldita, o Figueirense, que tem 29 pontos.

Opinião

Image-0-Artigo-2303654-1

O técnico do Fortaleza, Antonio Carlos Zago, teve seu trabalho analisado pelo técnico do Sampaio Corrêa, Francisco Diá. Eis a síntese da opinião de Diá: "A chegada do Zago melhorou muito o time do Fortaleza. Ele não joga no tradicional 4-1-4-1. O Zago já joga com uma espécie de losango no meio-campo".

Notas & notas. E lá vem o Sampaio Corrêa repleto de gente boa que atuou no futebol aqui da terrinha. O técnico Francisco Diá, velho conhecido, fez belo trabalho quando subiu o Icasa de Juazeiro do Norte para a Série B nacional. É dele a frase de efeito: "Meu time é como a novela das oito, melhora muito nos últimos capítulos". Mais uma vez está provando isso. No Sampaio estão Fernando Sobral, Reginaldo Junior, Zé Aquiraz, Uillian e Isaac, todos com boa passagem no futebol cearense.