Que bom ver de volta Ferroviário x Fortaleza na melhor de três que decidirá quem vai à decisão do certame 2017. Ferrão reabilitado traz toda uma história iniciada na década de 1930. Rebaixado em 2014, passou dois anos na Série B. Superou obstáculos e agora abre esperanças de dias muito melhores. O clássico tricolor fortalece a competição. O Campeonato Cearense sem o Ferroviário fica capenga, incompleto. Seria como o Campeonato Pernambucano sem o Náutico ou algo assim. É hora, pois, de festejar a recomposição do clássico tricolor, máxime por ressuscitar emoções que andavam adormecidas, latentes. Agora com o clássico revigorado pelas circunstâncias, corais e leoninos são convocados a disputas épicas. Como nos velhos tempos.
Substituições
A substituição de um ou dois jogadores que não os craques, quando necessária, pouca influência traz às equipes. Caso do Fortaleza e do Ferroviário amanhã. Explicação simples: como a maioria do grupo está basicamente no mesmo patamar, as mudanças não alteram muito a qualidade do produto. Haverá apenas pequenas alterações.
Influência
O time só sente mesmo a ausência de um jogador quando este é craque e faz a diferença. Exemplo clássico: o Ceará com Magno Alves é um; sem ele, é outro bem diferente. Aí, sim, o peso da substituição faz sentido e prejudica o padrão. Quando, porém, o substituído faz parte do rol dos comuns, a produção basicamente é mantida.
Recordando
Década de 1960. Atletas do Ceará após jogo no PV. A partir da esquerda: Zezinho Ibiapina, Valter Vieira, Ivan Roriz (também chamado de Ivan Boião), Carneiro e Carlito. Detalhes: Ivan foi o primeiro goleiro que vi em ação. Inesquecível com seu uniforme preto e o número um branco. Carneiro (Hudson Machado Fonseca) morreu em 2013. Carlito (Carlos Alberto Bassalos das Neves) morreu em 2005. (Álbum de Elcias Ferreira).
De camarote
O técnico do Ceará, Givanildo Oliveira, e o técnico do Guarani de Juazeiro, Washington Luís, estão na expectativa do clássico de amanhã. Um dos tricolores irá disputar a decisão do campeonato. Nada melhor do que ver de camarote, com direito a todas as anotações, o jogo Ferroviário x Fortaleza. Ótimo para estudos táticos.
Avaliação
Verdade que cada jogo tem sua própria história. Independe, portanto, do que o time produziu antes ou do que poderia render depois. Vale mesmo é o momento da disputa. Esse representa o divisor de águas. E mostra quem é bom de bola e tem força mental para seguir, mesmo diante de situações adversas. Vale amanhã para Givanildo e Washington.
Bagagem
Erandir, zagueiro. Hoje peça importante no Ferroviário. Há alguns anos, peça fundamental nas grandes conquistas do Fortaleza. O de ontem, mais jovem, mais atirado. O de hoje, mais sereno, mais experiente, mais contido. Ontem necessitando de orientações. Hoje orientando os mais novos. Erandir resume a força coral neste momento decisivo.
Dados & dados. Rol de amigos que aniversariam amanhã, 2 de abril: Calvino Pereira (55 anos de OAB), jornalistas Francisco Alves Maia e José Nicolau, dona Iolanda e Zimar Rodrigues (Rua Costa Sousa) e Ivanildo (Sistema Verdes Mares). A todos, meu carinho. /// Recebi com muita tristeza a notícia da morte do desembargador Francisco Barbosa Filho, meu amigo de turma no curso de Direito da UFC. Homem sério, digno, justo. Pêsames ao meu amigo Clodoveu e aos demais da família.
