O Brasil que se cuide hoje diante da Costa Rica. A Copa da Rússia tem sido um desfilar de resultados inesperados, surpreendentes. Quem diria que o México bateria na Alemanha de Toni Kroos, Mueller e Özil? Quem diria que só nos acréscimos a Inglaterra de Harry Kane ganharia da modesta Tunísia? Quem diria que a Espanha de Iniesta sofreria nas mãos do país dos aiatolás e só ganharia do limitado Iran pelo placar minguado de 1 x 0, gol casual de Diego Costa? Quem diria que o Uruguai de Luis Soarez sofreria para ganhar da Arábia Saudita? Quem diria que Portugal do ídolo Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo, padeceria para segurar a vitória apertada, de 1 x 0, sobre o Marrocos? Quem diria que a Polônia de Lewandowski quedaria diante do Senegal de Mané? Poderia inserir mais exemplos negativos neste comentário, mas os que citei estão na medida certa para arregalar os olhos dos jogadores brasileiros. O Brasil é melhor. Mas cuidado para não acontecer hoje em São Petersburgo mais um placar inusitado contra um time favorito. O técnico Tite está sendo chamado a não deixar que o time leve a campo o desencanto de uma estreia frustrante. O comandante tem de fazer a equipe entrar no ritmo da Copa do Mundo, tanto na bola quanto na vontade, na raça, no compromisso. É buscar como exemplo a valentia do México e a determinação do Senegal. Avisar ao Neymar que o futebol coletivo é prioridade e que o malabarismo é exceção. Avisar ao Marcelo que na Canarinho ele tem de ser tão bom e eficiente quanto o é no Real Madrid. O campo de jogo não é passarela para desfile de moda ou de penteado. Sob essa advertência é provável que a Seleção Brasileira finalmente desperte para a realidade. No mais, o Brasil deve maior atenção à busca por soluções no caso de pegar uma retranca forte. Todas as grandes seleções experimentaram o desconforto quando tentaram desmontar modelos extremamente fechados. Tite cuide de deixar pronta a alternativa para ocasiões assim. Outra providência é dotar a Canarinho de um plano B para eventual ausência de Neymar, caso o mesmo não suporte os noventa minutos. As sirenes dispararam. Situações emergenciais estão ocorrendo nos gramados da Rússia. Da Arena Mordovia ao Volgograd Arena, do Estádio Fisht ao Estádio Luzhniki, de Rostov a Moscou, as zebras passeiam na terra de Putin. Sinal de alerta para Tite, Neymar e companhia.
Poderia inserir mais exemplos negativos neste comentário, mas os que citei estão na medida certa para arregalar os olhos dos jogadores brasileiros.