O empate (1 x 1) do Fortaleza com o Confiança garantiu a classificação, mas o gol de Robinho, tomado já no final, reacendeu velhos traumas e temores. O Leão foi melhor no primeiro tempo. Mandou com Everton bola no travessão, fez 1 a 0, gols de Dudu, mas não soube abrir a folga no placar. E mais: ainda na fase inicial, o Fortaleza passou por sustos em conclusões de Rômulo e Diego. Nesta parte, milagres do goleiro tricolor, Ricardo Berna, destaque da partida. Na fase final, o Confiança reagiu. O Fortaleza procurou administrar a vantagem. Teve chances não convertidas com Daniel Sobralense e Romarinho. Mas cedeu na reta final, fato que irritou a torcida. Sinal de alerta disparou. Tomar gol no final é fantasma que tem de ser espantado, máxime para etapa que vem por aí.
Produção
Não gostei da produção do Ceará em São Luís. Não porque o time perdeu, mas por não ter desenvolvido desempenho convincente. Claro que muito sentida ausência de Júlio César e Mazola. Sem eles, Carlão não brilhou como na jornada anterior. Não sei a razão por que Marcelo Cabo demorou tanto em promover a entrada de Alex Amado.
Confuso
O defesa do Ceará, com três zagueiros, mostrou-se confusa demais. Por isso mesmo em momentos Charles teve de apelar. Sandro deu sinais de que estava perdido na função, fato mais nítido na hora do gol do Sampaio Corrêa. Assim, como um todo, ficou comprometida a produção no setor. Marcelo Cabo tem de refletir muito
Recordando
2005. Faz 10 anos. Trio de arbitragem que dirigiu Ferroviário 5 x 2 Serrano no PV pela Série C do Campeonato Brasileiro. A partir da esquerda: Armando Lopes de Sousa, José Valdo Caetano e João Lucas. O Serrano fez 1 a 0 com Rogério. Ferrão empatou com Júnior Cearense. Anderson desempatou (2 x 1). Moré ampliou (3 x 1). Claudinho diminuiu (3 x 2). Ferrão aumentou (4 x 2) com Moré e fechou o placar com Eli (5 x 2).
Retorno
Impossível cobrar de Ricardinho, vindo de contusão, um retorno em ritmo intenso. Apenas razoável sua participação. Mandou bola na trave e tentou desenvolver atividade criativa num setor que estava árido. Precisará de mais alguns jogos para render o que realmente sabe. Aplicado como ele é, isso não demorará muito, creio.
Tristeza
Praticante da aviação desportiva como sou, recebi com profunda tristeza a morte do companheiro de ideal, Carlos Vasconcelos, carinhosamente chamado de Chitãozinho. A aviação apaixona, fascina, produz fortes emoções. É desafio, destemor, homem nos ares. Pena ser também tristeza, saudade, muita dor, quando de um acidente assim.
DNA de craques
O garoto Pedro Hugo Gomes Pontes Ibiapina tem DNA de craques porque neto de William Pontes e sobrinho-neto de Moésio e Mozart Gomes, saudosos ídolos do nosso futebol. Mas o talento de Pedro foi para o basquete que abraçou desde os seis anos de idade. Ele brilhou nos Jogos Escolares da Juventude 2015", pelo Colégio Christus, categoria 12 a 14 anos.
Notas & notas
Principal alvo do Ceará agora é o Macaé, embora o primeiro fora da zona seja o Atlético/GO. É que o Macaé tem o mesmo número de jogos do Ceará. Como o Atlético tem um jogo a menos, pode abrir maior distância. /// O Vasco da Gama vence a segunda seguida e continua sonhando com a saída da zona de rebaixamento. Sonho ainda muito distante e bota distância nisso, mas possível. /// Fim de linha: o Icasa pagou caro o preço da desorganização, da desídia. Eliminado da Série C.
