A derrota do Fortaleza diante do Ceará foi normal. E permitiu ao técnico Ceni avaliação mais apurada da reação do grupo diante de momentos complexos. Enquanto o Leão manteve o controle do jogo, a produção transcorria equilibrada, consciente. O time criou duas claras situações de gol. Enfim, parecia à vontade. O problema começou quando sofreu o gol. Deu fortes indicativos de que sentira o golpe. Faltou-lhe então a força mental para reequilibrar. As reações de Jussani e Gustavo foram sinais de comprometimento emocional. E até Wesley entrou muito afobado. Agora Ceni deve colocar a bola no chão e chamar o grupo a uma conversa. E mostrar como devem reagir diante das adversidades.
Equilíbrio
Para conquistar títulos o time tem de ter equilíbrio emocional. Quem se perde nesta parte deixa de produzir bem. Faz o que não deve e sofre consequências por isso. A entrada forte, desnecessária, de Gustavo em Pedro Ken deixou Ceni amarrado, pois para reagir diante do Ceará Ceni precisava de Gustavo.
Confiança
Agora é calcular a extensão dos efeitos negativos que uma derrota assim traz. Encarar como evento natural de um clássico é a tônica. Se o abalo desencadear desconfiança quanto ao potencial do grupo, Ceni terá muito trabalho para recompor a autoestima dos comandados.
Recordando
31 de agosto de 2011. Há seis anos acontecia a apresentação do técnico Ademir Fonseca, então contratado pelo Fortaleza. Passou só cinco dias no Pici. Hoje no Ferroviário, Ademir quer esquecer aquela passagem que ficou marcada pela galhofa, haja vista o uso de foguetório antes dos treinamentos, visando a despertar os atletas.
Moral elevado
O ambiente no Ceará é o melhor possível. E não poderia ser diferente. O alvinegro lidera o Grupo D da Copa do Nordeste, com 100% de aproveitamento, ganhou clássico diante do maior rival e entrou na zona de classificação para a próxima etapa do Campeonato Cearense. Tranquilidade absoluta.
Estreia
Agora o Ceará encara a Copa do Brasil. Amanhã, em Santa Catarina, enfrenta o Brusque. O Ceará joga por um empate. O Brusque é o quinto colocado no Campeonato Catarinense. Fez seis jogos: ganhou dois, empatou dois e perdeu dois. Ganhou do Criciúma e perdeu para o Figueirense. Imprevisível.
Setentão
O querido Sebastião Belmino festejou seus 70 anos de idade. Discreta comemoração entre familiares e amigos. E lá estava o Belmino a sorrir, a brincar, com as irreverências de sempre. Coração puro. É ao mesmo tempo senhor e criança. Amigo de todas as horas. Que Deus o proteja. Siga assim, Bel. Parabéns.
Copa. Minha competente colega de trabalho, Lyana Ribeiro, torcedora coral, esclarece: o Ferroviário teve jogos memoráveis em três Copas do Brasil. Em 1989, em Goiânia, Goiás x Ferroviário (Ferrão com timaço campeão de 88) foi o histórico primeiro jogo de time cearense transmitido ao vivo direto de outro estado pelo SVM. Em 1995, Ferrão x Remo. Mas a melhor participação foi em 2004, quando passou da primeira fase contra o America-RN e depois pegou o Corinthians com 10 mil corais no Castelão.