O departamento mais sensível de um time é o de futebol. Se os resultados são positivos em campo, os nomes dos diretores sequer são lembrados. Mas, se não corresponderem, logo os protestos acontecem, com todo tipo de xingamento, inclusive citando os nomes dos diretores. Na maioria das vezes, as ações nesse setor são desafiadoras. Os diretores querem acertar. Trabalham para acertar. Entretanto, se algo der errado, de nada adiantará a boa intenção. A torcida não perdoa. E ataca de forma agressiva, fato com o qual não concordo. Assim, quem se dispuser a trabalhar nessa área, saiba desde logo que, sem vitórias e conquistas, terá dissabores. Esteja preparado, pois, para deixar o cargo ao primeiro sinal de insucesso. E procure sair à francesa, sem mágoas ou rancores.
Até que ponto a saída de Ênio Mourão repercutirá na vida do Fortaleza? Tudo dependerá do novo direcionamento a ser dado. Se os resultados bons forem retomados, nenhuma consequência haverá. A vida no futebol é assim. O Ênio Mourão sabe disso. O Marcelo Paz sabe disso. Faz parte do jogo. Quem está dentro do esquema sabe.
Entre dirigentes
Em tempo de sucesso, no futebol não existem farpas entre dirigentes do mesmo time. Em tempo de oscilações, os interesses políticos, alguns de forma velada, outros de forma ostensiva, conduzem a alfinetadas que geram desconforto. Foi o caso recente entre André Figueiredo, Robinson de Castro e Evandro Leitão.
Recordando
1º de março de 2006. Estádio do Ferroviário na Barra. O goleiro Jefferson, como se gaivota fosse, num voo espetacular. Jefferson Carlos Carvalhal da Silva foi campeão cearense pelo Ceará e pelo Fortaleza. Atuou no Ceará de 1995 a 2001. Em 2002 foi para o Fortaleza, onde ficou até 2003. Jogou também no Ferroviário, CRB, Treze, Horizonte, Guarany/S, Coruripe, Alto Santo, River/PI, Moto Clube, Sampaio Corrêa... Ele é formado em Economia.
É possível
Na Copa do Nordeste o Fortaleza tem condições de passar à fase seguinte. Se mais difícil ser primeiro, há como ganhar a vaga entre os três segundos melhores colocados. Hoje os vices estão assim: no A, Campinense 8; no C, River 7; no D, Itabaiana 7; no E, Sergipe 7. O Leão tem seis pontos, mas ainda há duas partidas. Está na luta.
Duas frentes
O Fortaleza tem que prestar muita atenção ao serviço porque passou a ser o único time cearense a trabalhar em duas frente: o Campeonato Cearense e a Copa do Nordeste. Sem esquecer que no certame estadual há a luta por um tricampeonato. Administrar os dois interesses vai requerer estratégia bem elaborada.
Pressão
O presidente Robinson de Castro segue sob pressão, apesar de o Ceará ter terminado na liderança a fase classificatória do Campeonato Cearense. Imaginem só o que sofrerá o atual presidente se o time alvinegro perder o título estadual. Ele tem lutado para contornar os problemas. A contratação do técnico Givanildo Oliveira comprova isso.
Dono da posição. O breve retorno de Ricardinho à meia-cancha do Ceará gera muita expectativa. Motivo simples: o jogador deixou o Ceará no fim de 2015. Chegamos a março de 2017 e até hoje o Vozão não encontrou um jogador que produzisse na posição o que Ricardinho produziu. E observem que, durante todo esse período, incontáveis atletas foram experimentados no setor, sem que conseguissem fazer esquecer o ex-titular que agora está de volta.