Não sou contra salários elevados pagos em qualquer segmento. Quem é bom tem mesmo que ser muito bem remunerado, mas dentro da realidade. Se assim não for, um furo acontecerá: ou atrasos no pagamento ou insolvência incontornável. No futebol, noto perigoso descompasso. Há treinadores que ganham mais que a folha completa do clube. Há jogadores que faturam mais do que o clube arrecada. Será isso válido? Creio ser necessário um estudo a respeito das consequências desses contrastes. Há clubes que assumem riscos em contratações onerosas. Mais cedo ou mais tarde terão graves problemas. Não é o mercado que deve ditar os valores ao clube. O clube é que deve ditar os valores ao mercado.
Grifes
Uma coisa é pagar bem. Outra coisa é a exorbitância. Treinadores de grife formam hoje um grupo de sábios senhores que supostamente dominam a ciência do futebol. Acham-se "magos" capazes de transformar times mambembes em equipes vitoriosas, de elevada qualidade técnica. Sábios ou sabidos?
Conclusão
Cada dirigente de clube ou dono de empresa tem a responsabilidade de calcular o valor custo/benefício de uma contratação. Há no momento enorme descompasso: o Brasil em crise econômica e os profissionais da bola querendo faturar supersalários. Um choque de realidade seria bom.
Recordando
15.12.1998. A partir da esquerda: Bellini, Pacoti e Airton Fontenele, na casa do Airton, quando da aposição do quadro de Bellini, erguendo a "Jules Rimet", campeão mundial na Copa de 1958 na Suécia. Bellini atuou 58 vezes pelo Brasil, de 1957 a 1966 (43 vitórias, 11 empates, 4 derrotas). Há exatos 87 anos (7/6/1930), Bellini nascia em Itapira (SP).
É assim
No Fortaleza há jogadores eficientes em diversas posições. Antes, Rodrigo Mancha bem na meia e na zaga. Agora Jefferson bem como volante e como ala. Substituiu Felipe e deu conta do recado. Em momentos assim até o próprio treinador fica na dúvida sobre qual deve ser o titular na posição. Ótimo.
Mais um
Em observação anterior, também fiz referência ao desempenho de Pablo, que se mostrara à vontade igualmente em várias posições. Melhor ainda quando também faz conclusões. A continuar assim, quero crer que não tardará o momento de uma prática coletiva cada vez mais homogênea no Pici.
Faltou ousadia
Sei das dificuldades financeiras do Ferroviário. Entendo a apreensão do presidente Valmir Araújo. Entretanto, a não participação na Copa Fares Lopes não me pareceu correta. Tira da mídia o time durante quase meio ano. Valmir poderia ter ousado um pouco, usando o sub-20 a baixo custo.
Notas & notas. "Quem beija meu filho a minha boca adoça". Pois o Emmanuel Brandão, ao escrever no jornal o Estado belo texto sobre o trabalho publicitário profissional do meu filho Marcel Barros, deixou-me muito emocionado e feliz. Valeu, Emmanuel! /// Depois que o regulamento da Copa do Brasil abandonou o antigo modelo, perdi a graça pela competição. A legítima, a Taça Brasil, dava acesso só aos campeões de cada estado. Depois campeões e vice-campeões. Beleza. Já a Copa do Brasil escancarou.