Ceará ficou no 0 x 0 diante do Avaí. Os iniciais instantes deram a impressão de que o Vozão teria potencial para vencer. Aos dez minutos Rafael Costa fez preciso lançamento, deixando Bill pronto para marcar. Bill perdeu. Depois houve a sequência de erradas conclusões. Aí voltaram as incertezas. O Avaí teve duas chances claras que Rômulo mandou para fora. Na fase final, o Ceará pressionou mais. Melhorou com a Serginho no lugar de Tomás Bastos que não estava bem. Situação semelhante à de Baraka que substituiu o oscilante Diego Felipe. Mas, mesmo assim, os erros de conclusão de Rafael, Serginho e William impediram a vitória. O Vozão ainda passou por grande susto: Tatá perdeu a melhor chance do Avaí. Prossegue o preocupante jejum de vitórias.
Vaias
Ao término do jogo no Castelão, as vaias traduziram a insatisfação pela série de seis jogos sem vencer, mas também os temores de quem sabe que só com empates não se vai a lugar nenhum. A expulsão de Bill também refletiu a reação negativa da torcida. Prejudicará o time no próximo jogo em Goiás. Delicada situação.
Apático
Cadê o Fortaleza brilhante, organizado, bem definido na proposta e melhor ainda na execução? Está distante aquela imagem que ficou da fase em que eliminou da Copa do Brasil o Flamengo, bateu no Ceará e no Sport/PE. Ontem, o empate (1 x 1) caiu do céu como um milagre de última hora a socorrer um tricolor apático, sem ânimo mesmo.
Ah! Se fosse assim sempre!
União das torcidas. O Leão, o Tubarão e o Vovô. O Fortaleza, o Ferroviário, o Ceará. Na década de 1960, eu costumava ver as torcida unidas assim. Exemplo de harmonia que poderia ser seguido ainda hoje, no melhor sentimento de recíproco respeito. A busca dessa pacífica interação entre as torcidas dos três mais tradicionais times da capital jamais pode ser abandona pelas homens de bem e pelas nossas autoridades. É a missão.
Ruim
O Asa, ao marcar 1 a 0, gol de Reinaldo (o passe de Diogo foi um primor), estabeleceu-se melhor que o Leão. Lucas, João Paulo e Diogo assumiram o controle. O Fortaleza longe da produção de um time que tem objetivos mais ousados. Nem Rosinei, nem Daniel, nem Everton, nem Juliano... Primeiro tempo que gerou terríveis preocupações.
Sempre ele
Desta vez a expulsão de Pio foi injusta. Ele ergueu demais o pé, mas num lance que comportaria bem cartão amarelo. O árbitro exagerou. Embora o Fortaleza tivesse melhorado um pouco com a entrada de Rafael Lucas, jamais foi superior ao adversário. No fim, o lançamento preciso de Juninho e o gol salvador de Anselmo. Ele, sempre ele.
Recordando
Aí meu amigo, ex-jogador, médico Luciano Frota. Na década de 1960, o volante Luciano foi campeão cearense de 1966 pelo América. Em 1968, então no Fortaleza, foi vice-campeão da Taça Brasil. Em 1969 foi campeão cearense pelo Fortaleza. Brilhou também no futsal, sendo campeão sul-americano pela Seleção Brasileira. (Álbum de Elcias Ferreira).
Estatística. Amanhã, em Manaus, Brasil x Colômbia (8ª rodada das eliminatórias para o mundial 2018 na Rússia). De 1945 a 2015, seleções principais, 28 jogos (17 vitórias do Brasil, três da Colômbia, oito empates). No último jogo (17.06.2015), em Santiago, pela Copa América, o Brasil da "Era Dunga" perdeu para a Colômbia por 1 x 0. Na ocasião Neymar foi expulso. O Brasil ficou em quinto lugar na competição. Nas atuais eliminatórias, Colômbia (3º, 13 pontos); Brasil (5º,12 pontos). Dados: Airton Fontenele.