No teatro
Na década de 1950 era comum o "ponto", ou seja, pessoa escondida, que no palco soprava os textos para os atores, quando estes esqueciam o que deveriam falar. Esse procedimento foi abolido, mas agora já voltou em forma de ponto eletrônico, dividindo até a opinião dos próprios atores. Mas a maioria parece ter gostado da providência.
No futebol
No jogo Ferroviário 2 x 0 Fortaleza, há suspeitas de que alguém soprou ao auxiliar de arbitragem que a imagem da TV mostrara Mota impedido ao fazer o gol. O auxiliar recuou da decisão. Confusão no mundo. O auxiliar negou ter recebido informação externa. Volto a falar no polêmico assunto para prevenir futuras situações.
Recordando
19 de setembro de 2006. Assim se passaram dez anos... Edinilson Corona (auxiliar), Paulo César de Oliveira (árbitro) e Ana Paula Oliveira (auxiliar) entram em campo no Castelão. Vieram dirigir o jogo do Fortaleza pela Série A nacional. Na época, nem de longe se pensava na utilização de ponto eletrônico ou de qualquer outro meio de comunicação exterior. Há dez anos tudo tinha que ser resolvido sem "sopros" ou "pescarias".
Veda
Calculem só o que teria acontecido se o Ferroviário não tivesse marcado depois 2 a 0. Como o Ferrão ganhou, aí ficou por menos o efeito do gol anulado com a possível ajuda do "ponto eletrônico. O regulamento atual não permite a utilização de meios eletrônicos para dissipar dúvidas. Não admite também o uso de informação externa.
Disfarce
Apesar da proibição citada no tópico ao lado, as comunicações externas de árbitros e auxiliares estão acontecendo de forma velada. Ninguém é ingênuo. Decisões refeitas em recentes arbitragens de jogos internacionais e nacionais deixaram a impressão de que há um sistema de proteção à arbitragem mediante comunicação camuflada.
Polêmica
A auxiliar Carolina Romanholi, coisa recente, também se viu envolvida numa polêmica sobre a confirmação de um lance de gol. Carolina explicou que o regulamento permite que antes de ser batido novo centro (quando a bola volta a rolar), o auxiliar pode se manifestar, caso assim considere conveniente para esclarecer lance polêmico. E assim ela fez.
Curiosidade. É natural que, diante de lances polêmicos, árbitros e auxiliares fiquem curiosos, querendo saber em campo o que a TV está mostrando lá fora. É natural que queiram uma ajuda indireta da "telinha", não apenas visando ao estabelecimento da verdade, mas também a evitar os desgastes que uma marcação errada possa trazer. Já é hora de os senhores da Fifa se renderem ao avanço tecnológico. Não entendo o motivo retrógrado de tanta resistência ao uso dos meios eletrônicos no futebol.