Tom Barros: Penúltima batalha

Há alguns anos, enfrentar Honduras seria apenas um passeio a mais para a história do futebol masculino do Brasil. Agora, depois de Honduras aprontar algumas surpresas significativas, já se vê o cuidado com que é tratado o jogo semifinal de hoje. Honduras se classificou num grupo em que os favoritos eram Argentina e Portugal. O time é comandado pelo colombiano Jorge Luis Pinto, mesmo técnico que na Copa do Mundo do Brasil em 2014 surpreendeu o mundo com a Costa Rica. No chamado grupo da morte, no qual estavam Uruguai, Itália e Inglaterra, ele classificou a Costa Rica em primeiro lugar. O jogo certamente terá semelhanças com o modelo usado pela Colômbia na recente derrota para o Brasil, o seja, visitante fechado, saindo em contra-ataques.

Surpresas

Os hondurenhos já aprontaram diante do Brasil. Na Copa América de 2001, a Seleção Brasileira, então comandada pelo Felipão, foi eliminada por Honduras nas quartas de final do torneio, após ser derrotada por 2 a 0. Um ano depois, Felipão levaria a Seleção Brasileira ao pentacampeonato mundial na Copa do Mundo 2002 Japão/Coreia.

Responsabilidade

Trunfo do Brasil, Neymar pode novamente fazer a diferença. Na vitória sobre a Colômbia (2 x 0), gostei da postura do melhor jogador brasileiro. Ele chamou a si a responsabilidade. Conduziu o Brasil. Apanhou, bateu. Foi atrevido. Fez gol. Enfim, assumiu o papel que cabe ao ídolo em situações de definição. Hoje terá tudo para repetir o feito.

Recordando

Década de 1960. Estádio Presidente Vargas. Atletas do Fortaleza. A partir da esquerda: Benedito, Renato e Carneiro. Esses três marcaram época no futebol cearense. Observem o uniforme do Fortaleza, com padrão bem diferente do mais tradicional. Não tenho informações sobre Benedito. Renato morreu há alguns anos. Carneiro, que também brilhou no Ceará, morreu em 2013. (Colaboração de Elcias Ferreira)

De volta

Ainda bem para o Ceará a Série B já estará de volta, sábado, dia 20, diante do Paysandu em Belém. Paralisação gera ambiente próprio para especulações, o que não é de meu agrado. Agora é saber até que pondo esse período de "férias" influenciará no ritmo de produção das equipes. Não creio que o Ceará venha a sofrer retração.

Administrar

Após a saída de Jean Mota e Dudu, o Fortaleza passou por dificuldade, mas conseguiu se recompor. Agora, não sei a razão, voltou a oscilar. Atletas de rendimento bom, como Pio e Felipe, variaram demais no jogo passado. Mas nada de gerar tensões antecipadas. A intervenção de Marquinhos Santos terá de ser firme e imediata.

Lamentável

Pio, que tantas vezes aqui elogiei, surpreendeu-me negativamente ao tratar mal meu colega Aluísio Lima. A grosseria não leva a nada, Pio. Só gera antipatia e repulsa. Prefiro entender que você foi movido por um ato impensado, impulso infeliz. Nas suas entrevistas, noto que você fala bem. Assim, em nome da boa educação, oportuno seria um formal pedido de desculpa.

Pesar. Quem sentiu muito a morte de João Havelange, ex-presidente da CBD e da FIFA, foi o nosso colaborador Airton Fontenele. Ele é grande amigo de Havelange. Em 1995 Airton visitou Havelange na sede da Fifa em Zurique. Em retribuição, Havelange visitou a Sala João Saldanha, na casa do Airton, em 2001, sendo recebido com festa pela família do anfitrião. Eles sempre mantiveram regular troca de correspondências, sendo a mais recente em julho deste ano quando Havelange completou 100 anos de vida.

Acompanhe os comentários em http://bit.ly/tombarros-tvdn